Embora tenha aceitado a denúncia do Ministério Público do Rio de Janeiro (MPRJ) contra Erika Souza, a Justiça do Rio de Janeiro também atendeu a um pedido da defesa da ré e determinou sua soltura, nesta quinta-feira (2). Assim, a sobrinha de tio Paulo responderá em liberdade pelos crimes de tentativa de estelionato e vilipêndio de cadáver.
Responsável pela decisão, a juíza Luciana Mocco, da 2ª Vara Criminal de Bangu, observou que Érika é “acusada primária” e não demonstra periculosidade.
– Entendo que as especulações [da grande repercussão do caso em rede nacional e internacional] não encontram amparo na prova dos autos a justificar a medida excepcional do cárcere, ressaltando-se, por oportuno, que o clamor público não é requisito previsto em lei para decretação ou manutenção da prisão – disse a magistrada.
Por outro lado, Mocco determinou medidas cautelares. Dessa forma, Erika terá de comparecer mensalmente ao cartório do juízo, apresentar laudo médico em caso de necessidade de internação psiquiátrica e não se ausentar da Comarca por mais de sete dias sem autorização.
Erika também está sendo investigada por homicídio culposo (quando não há a intenção de matar) devido a uma “grave omissão de socorro”. Cabe à Polícia Civil decidir se a indiciará.
A suspeita levou um idoso, em uma cadeira de rodas, até uma agência bancária para que ele assinasse um documento permitindo o saque de dinheiro de sua conta. Mas, o homem, identificado como Paulo, estava morto.
Para o delegado Fabio Luiz Souza, “não há dúvidas que Erika sabia da morte de Paulo, mas, como era a última chance de retirar o dinheiro do empréstimo, entrou com o cadáver no banco, simulou por vários minutos que ele estava vivo, chegando a fingir dar água, pegou a caneta e segurou com sua mão junto a mão do cadáver de Paulo, contudo, como os funcionários do banco não dispersaram a atenção, não pôde fazer a assinatura”.
Fonte: Pleno News/Fotos: Reprodução