A Cúpula dos Líderes marcou a abertura da COP30 e reuniu nesta quinta-feira, 06, dezenas de chefes de Estado e de governo em Belém para uma intensa rodada de discursos, encontros bilaterais e anúncios sobre florestas, oceanos e financiamento climático. Segundo o governo brasileiro, mais de 140 delegações estiveram presentes. Estimativas da imprensa apontam que entre 50 e 70 líderes compareceram presencialmente, embora os números variem conforme as listas divulgadas por agências internacionais e pela própria organização do evento. A ausência dos Estados Unidos, China e Índia pode levar ao enfraquecimento dos debates e transformar decisões políticas em iniciativas técnicas, segundo analistas ouvidos pela reportagem do Jornal A PROVÍNCIA DO PARÁ.
A relação de chefes de Estado e líderes participantes, compilada a partir de fontes oficiais e da cobertura da imprensa inclui nomes de diferentes regiões do mundo:

América do Sul e Caribe: Gabriel Boric (Chile), Gustavo Petro (Colômbia) e Irfaan Ali (Guiana).
América Central: Xiomara Castro (Honduras).
América do Norte, Europa e União Europeia: Emmanuel Macron (França), Alexander Stubb (Finlândia), Edgars Rinkēvičs (Letônia) e representantes da União Europeia — entre eles, Ursula von der Leyen, que manteve reuniões bilaterais. O Reino Unido esteve representado por altas autoridades, com discurso feito por um enviado real.
África: Azali Assoumani (Comores), Denis Sassou N’Guesso (Congo-Brazzaville), Daniel Chapo (Moçambique) e líderes de outros países africanos, incluindo Namíbia.
Oceania e Pacífico: Surangel Whipps Jr. (Palau).
Pequenos Estados: Príncipe Alberto II (Mônaco).
As listas completas e notas de imprensa divulgadas pelo Itamaraty e pela organização da COP30 serviram de base para este levantamento, junto às atualizações publicadas por veículos nacionais.
DESTAQUES E CONTEXTO POLÍTICO
A presença de líderes de países como França, Chile e Colômbia deu peso político à abertura da conferência. Por outro lado, a ausência de grandes emissores — como China, Estados Unidos e Índia — chamou atenção da imprensa internacional. Analistas avaliam que a falta dessas potências na mesa principal tende a transferir o foco das decisões políticas para as negociações técnicas e regionais ao longo da COP.
Nos dois dias de programação, os debates em Belém concentraram-se em temas práticos, como proteção das florestas tropicais, ampliação da chamada Amazônia Azul, aceleração do financiamento climático e cooperação em monitoramento ambiental via satélite, com anúncios de novos projetos e acordos bilaterais.
LOGÍSTICA E REPERCUSSÃO
Sediar o primeiro grande evento da COP30 colocou Belém no centro das atenções mundiais. O grande fluxo de delegações — incluindo países de baixa capacidade — motivou o governo brasileiro a oferecer apoio logístico e hospedagem subsidiada.
A presença expressiva de líderes sul-americanos e de representantes da comunidade internacional garantiu ao evento alta repercussão midiática, destacando a Amazônia como símbolo central da agenda climática global.
Por ROBERTO BARBOSA/Jornal A PROVÍNCIA DO PARÁ









