quinta-feira, dezembro 12, 2024
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Escola estadual de Ananindeua incentiva sustentabilidade com arborização e horta

Para trabalhar o componente curricular de Educação Ambiental, Sustentabilidade e Clima, na prática, a Escola Estadual de Ensino Fundamental e Médio Jornalista Rômulo Maiorana, localizada em Ananindeua, na Região Metropolitana de Belém (RMB), tem envolvido a comunidade escolar em atividades ecológicas como o plantio de mudas de árvores, limpeza e cuidado do ambiente escolar. A iniciativa faz parte do projeto “EcoRômulo: arborização e horta escolar”, e, na última quarta-feira (4), realizou um grande mutirão de plantio e limpeza das áreas arborizadas na unidade escolar.

“O projeto ‘EcoRômulo’ surgiu há dois anos, mas ficou um pouquinho parado e, este ano, com a Conferência CYC nós retomamos. A partir daí, passamos a fazer reuniões com os alunos para repassar alguns temas relativos à arborização, já que o nosso projeto é sobre arborização e horta. A primeira etapa é a arborização da escola, em agosto e setembro, nós fizemos o estudo da área e o plantio. Então, temos aqui várias mudas que já foram plantadas e, todos os dias, os alunos da manhã e tarde vêm para regar as plantas. E por estamos nos últimos dias de aula deles, nós marcamos um mutirão para fazer a limpeza, adubação, plantio de novas mudas de plantas, como por exemplo a árvore de ananí, que é uma planta que dá nome ao nosso município, mas que poucos conhecem a árvore”, explicou a professora de Geografia, Andréia Loureiro.

De acordo com a professora Andréia, a próxima fase será a de identificação das plantas e como trabalhar as mudas para o replantio. “A intenção é que o aluno esteja em contato com esse contexto ambiental, para que ele crie atitudes, desenvolva uma consciência mais focada para o meio ambiente e, principalmente, também visualizar as problemáticas que nós temos dentro da escola com relação a essa questão da arborização e do entorno dela e aí quem sabe futuramente a gente possa sair daqui e ir até a Prefeitura e ter essa parceria escola e poder público para que a gente possa multiplicar ações”, destacou.

Para a estudante da 1ª série do Ensino Médio, Alicia Farias, o projeto estimula o senso de preservação e a percepção acerca dos debates climáticos. “O projeto EcoRômulo tem muita importância porque ele acaba criando um senso de preservação e percepção dos alunos sobre as consequências dos impactos ambientais no meio de onde a gente vive. O projeto nos ensina, na prática, sobre o reflorestamento de plantas nativas da região amazônica. Além disso, o projeto também nos ensina sobre os descartes irregulares de lixo e como isso acaba afetando a vida de muitas pessoas e também nos ensina sobre as mudanças climáticas e como elas acabam afetando a nossa vida no contexto amazônico e no mundo”, disse.

O projeto “EcoRômulo” é interdisciplinar e tem vários professores envolvidos. Além da professora Andréia, a professora Maura Belasco, de Biologia; a professora Maria Rodrigues e o professor Marco Sarmento, de Educação Ambiental. “A gente está num contexto interdisciplinar, mas aos poucos a gente está dando passos fortes e bem significativos. Eu percebi isso na atitude dos alunos, não vale ponto, vale sobreviver a esse planeta. Então eu fico mais feliz ainda por causa disso, porque é uma atitude individual deles, coletiva também, e espontânea de participar”, finalizou a professora Andréia. 

Para a estudante Rayane Graziely, também da 1ª série do Ensino Médio, participar do projeto mostrou o poder transformar da educação ao porporcionar entendimento e mudança de pensamentos sobre a preservação do meio ambiente. “Nesses meses de EcoRômulo, nós debatemos sobre o meio ambiente, a gente viu como é importante entender que a gente pode modificar, pelo menos a nossa comunidade, a comunidade escolar, a nossa vizinhança e assim fazer a nossa parte pelo planeta. Por isso, o EcoRômulo tem feito isso e tem sido muito importante tanto na minha vida estudantil quanto no meu âmbito familiar, por um exemplo, que foi onde teve um assunto, teve um debate mais aprofundado e que modificou muito alguns aspectos, até mesmo na coleta e separação do lixo, por exemplo. O projeto traz esse pensamento crítico de realmente fazer. E ver as mudanças que foram feitas no nosso interior, na nossa mente, na construção que é feito desde quando a gente é criança, na nossa adolescência, juventude, entender e ter essa mudança de pensamento sobre o meio ambiente foi muito incrível e a gente vê que a educação é realmente transformadora”, avaliou a estudante. 

CYC – Com foco na Educação Ambiental, o projeto “EcoRômulo” também foi um dos projetos inscritos na 1st International Child & Youth Conference on Education and Climate Change (1ª Conferência Internacional Infantojuvenil sobre educação e mudança do clima – CYC), com o tema “Reflorestando Mentes”, que acontecerá entre os dias 17 e 21 de março em Belém.

A 1ª Conferência Internacional Infantojuvenil sobre educação e mudança do clima é uma iniciativa inovadora do Governo do Pará, executada pela Secretaria de Estado de Educação (Seduc), que visa fortalecer o engajamento dos jovens nas questões ambientais e garantir sua participação ativa na Conferência das Nações Unidas sobre Mudanças Climáticas (COP 30), marcada para novembro de 2025 na capital paraense.

O evento é alicerçado em um dos objetivos da Política Pública de Educação para o Meio Ambiente, Sustentabilidade e Clima do Pará, que garante a formação de cidadãos conscientes e comprometidos com a preservação do meio ambiente. Ao proporcionar um intercâmbio de experiências entre estudantes amazônidas e jovens de diferentes regiões, a CYC busca estimular a criação de projetos que contribuam para a proteção do planeta. O evento representa um marco histórico, que enfatiza a importância da educação ambiental e reafirma o Pará como protagonista nas discussões globais sobre mudanças climáticas.

Fonte: Agência Pará/Foto: Divulgação

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