Intervenção estética busca trazer um olhar mais “alongado”
Nicoly Bastos, da CNN Brasil
A tendência estética conhecida como “fox eyes”, ou “olhos de raposa”, voltou aos holofotes após a morte de Junior Dutra, influenciador digital que se submeteu ao procedimento em junho deste ano e morreu na última sexta-feira (3).
O visual, que promete levantar e alongar o olhar, ficou famoso entre celebridades internacionais e virou desejo. Segundo especialistas, o método pode envolver riscos consideráveis — especialmente se realizado sem acompanhamento médico adequado.
O que são os “fox eyes”
O termo fox eyes se refere ao efeito de olhos mais “puxados”, semelhantes aos de uma raposa. A tendência surgiu inicialmente no universo da maquiagem, com o uso de delineadores alongados e iluminadores para criar a impressão de “elevação” dos olhos na cauda dos supercílios.
O estilo ganhou força quando modelos como Kendall Jenner e Bella Hadid passaram a adotar o visual em campanhas e aparições públicas.
Há quem busque o resultado de forma permanente ou semipermanente por meio de procedimentos estéticos. Segundo informações da Sociedade Brasileira de Cirurgia Plástica Ocular, o fox eyes pode ser obtido por diferentes técnicas, cirúrgicas e não cirúrgicas.
Entre os métodos mais comuns estão:
- Técnicas cirúrgicas como o Castanhares e mini Castanhares, que envolvem a retirada de uma faixa de pele acima do supercílio;
- Blefaroplastia associada à pexia interna ou sutura de Brassiere, para dar volume e sustentação à região;
- Uso de toxina botulínica (botox) na cauda das sobrancelhas, para relaxar músculos e levantar a extremidade externa dos olhos;
- Fios de sustentação aplicados na cauda dos supercílios;
- Preenchimento com ácido hialurônico ou ultrassom microfocado, que ajudam a elevar sutilmente a região;
- Cantoplastia ou cantopexia, cirurgias que modificam o posicionamento da pálpebra inferior para um olhar mais alongado.
A intervenção deve ser realizado apenas por médicos especialistas, após uma avaliação individualizada, pois envolve precisão médica delicada. Conforme a organização, o efeito dura, em média, de seis a doze meses, dependendo da técnica e das características de cada paciente.