Importantes associações do setor aeronáutico divulgaram nota no site da Abear – Associação Brasileira das Empresas Aéreas -, expressando sua opinião sobre a suposta volta do horário de verão ainda neste ano de 2024, e que, de acordo com as entidades: “Pode ter impactos substanciais para os passageiros e comprometer a conectividade do país”. Na nota, a Abear, junto da Associação Latino-Americana e do Caribe de Transporte Aéreo (ALTA), a International Air Transport Association (IATA) e a Junta de Representantes das Companhias Aéreas Internacionais do Brasil (JURCAIB), declararam acreditar que a possibilidade da restituição do horário de verão foi uma ação “tempestiva e sem prazo suficiente que considere as questões operacionais e logísticas do transporte aéreo”. Essa decisão súbita do atual desgoverno, para as associações, pode gerar alterações de horários do voos e, consequentemente, mudar os horários de saída e chegada, gerando a perda do embarque pelos clientes por apresentação tardia e eventual perda de conectividade. As empresas internacionais precisarão alterar os horários dos seus voos no Brasil, sofrendo a mesma disfunção citada. Estes ajustes geram a necessidade de reprogramação de voos, acomodação de última hora e alterações de planos de viagem dos passageiros. “Outros impactos diretos afetarão a escala de tripulantes, a disponibilidade de slots e a capacidade dos aeroportos, principalmente aqueles com restrições e escassez na alocação de novos horários”, declaram as entidades.
As instituições também declaram que o correto seria um aviso prévio com no mínimo de 180 dias entre o decreto e o início da mudança de horário, para que as mais de 40 empresas aéreas que atuam no Brasil passem a operar de forma efetiva e sem transtornos. “A falta de comunicação prévia para que as empresas aéreas ajustem os horários de voos e conexões, cuidadosamente definidos e já em comercialização desde o início do ano, pode resultar em grandes transtornos para a sociedade, especialmente durante a temporada de verão e festas de final de ano”, acrescentam as entidades que finalizam a nota solicitando ao Governo Federal que considere as necessidades da indústria aérea. (Jefferson Severino/Ronabar, especial para A PROVÍNCIA DO PARÁ)
Imagem: Jefferson Severino