Uma manifestação na Praça Santuário de Nazaré, em Belém, e uma missa solene em Anapu, na região da Terra do Meio, no Xingu, sudoeste do Pará, marcam a passagem dos 20 anos da morte da missionária norte-americana Dorothy Stang. Ela foi assassinada por pistoleiros no centro da sede do município, enquanto lia para eles, um trecho da sagrada escritura.
A morte de Irmã Dorothy desencadeou uma campanha internacional contra a violência no campo no Norte do Brasil, movimentou entidades de todo o mundo, governos e a Igreja Católica. O governo brasileiro se comprometeu a auxiliar no sentido de elucidar o crime por meio do Ministério da Justiça.
Dois pistoleiros chegaram a ser presos. Foram identificados os mandantes, bem como, os intermediários.
O caso provocou comoção mundial e forçou a criação de políticas públicas voltadas para resolver a questão agrária não apenas no Estado do Pará, como em todo o país por meio do Instituto de Colonização e Reforma Agrária – Incra, bem como, pelo Instituto de Terras do Pará – Iterpa.
Dorothy Stang, assim como o Padre François Gouriou, o sindicalista Expedito Ribeiro de Souza e os ex-deputados Paulo Fonteles de Lima e João Batista são as vítimas fatais dessa questão emblemática que envolve a questão agrária no Estado do Pará, especialmente nas regiões sul, sudeste e sudoeste paraenses.
Segundo a Comissão Pastoral da Terra – CPT, assim como vários movimentos sociais ligados à terra, as mortes no campo, por pistolagem, diminuíram, mas continuam acontecendo.
Texto: Nazaré Sarmento/Imagens: Reprodução
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