Com a chegada das chuvas intensas, Secretaria orienta sobre a escolha de alimentos que ajudam a prevenir doenças sazonais e viroses.
Chuvas intensas, alta umidade e variações de temperatura marcam o inverno amazônico e acendem um alerta para a saúde da população. Durante esse período aumentam os riscos de doenças respiratórias, infecções gastrointestinais e baixa imunidade, especialmente entre crianças, idosos, gestantes e pessoas com doenças crônicas.
Para reduzir esses agravos, a Secretaria de Estado de Saúde Pública do Pará (Sespa) reforça orientações sobre alimentação saudável, hidratação e cuidados com a higiene e o armazenamento dos alimentos.
De acordo com a Sespa, a alimentação adequada é uma aliada fundamental para atravessar esse período com mais proteção. “Idosos e crianças merecem atenção redobrada, pois é a faixa etária que pode apresentar uma maior vulnerabilidade imunológica. No caso das crianças, os cuidados começam ainda no pré-natal, com a alimentação saudável da gestante, e após o nascimento deve-se estimular o aleitamento materno exclusivo até os seis meses. Após os 06 meses inicia-se a introdução alimentar adequada e saudável, associada ao leite materno até os dois anos de idade”, explica a coordenadora Estadual de Nutrição da Sespa, Walkiria Moraes.
Ela reforça que, para esse público, é essencial evitar o consumo de alimentos ultraprocessados (industrializados), manter o calendário vacinal atualizado e garantir refeições equilibradas. Os cuidados também devem se estender a pessoas em tratamento de doenças crônicas, como câncer, diabetes e obesidade, que podem apresentar baixa imunidade durante o período chuvoso.
As mudanças típicas do inverno amazônico influenciam diretamente a saúde da população. As chuvas frequentes, aliadas à redução da temperatura, favorecem a circulação de vírus e bactérias. Por isso, manter uma alimentação saudável ajuda a prevenir agravos comuns, como infecções gastrointestinais e a diminuição das defesas do organismo. “Nesse momento, é importante priorizar alimentos leves, de fácil digestão, tendo como base os alimentos in natura ou minimamente processados. Frutas, verduras e legumes da estação, além de mais acessíveis, possuem maior valor nutricional e contribuem também para a hidratação do corpo”, destaca Walkiria.
A Sespa orienta que a população siga alguns passos para uma alimentação saudável, priorizando alimentos naturais, reduzindo o consumo de sal, açúcar e gorduras, limitando produtos processados e evitando os ultraprocessados. Dormir bem e evitar o estresse. Diminuir o consumo de bebidas alcoólicas e evitar o fumo também são medidas importantes para manter uma boa imunidade. A hidratação merece atenção especial, com consumo mínimo de dois litros de água por dia, podendo ser complementada com água de coco, sucos naturais e chás.
Outro ponto de alerta durante o inverno amazônico é o risco de contaminação dos alimentos, devido à umidade e às condições de armazenamento. A coordenadora de Nutrição da Sespa orienta que frutas, legumes e verduras sejam lavados um a um, deixados por 15 minutos em solução clorada, enxaguados em água limpa e secos antes do armazenamento. “É fundamental observar o estado dos alimentos no momento da compra. Não se deve adquirir produtos com partes estragadas, mofadas ou com alteração de cor, cheiro ou textura”, alerta.
Peixes frescos devem estar refrigerados, com escamas bem aderidas, olhos brilhantes e guelras rosadas. Já os congelados precisam estar bem embalados, sem excesso de gelo ou água, o que pode indicar recongelamento. Carnes devem apresentar cor adequada, textura firme e cheiro característico, enquanto alimentos embalados precisam estar dentro do prazo de validade, com embalagens íntegras e bem lacradas. Alimentos não perecíveis, como cereais e leguminosas, devem ser armazenados em locais limpos, secos e arejados.
Como recomendação final, a Sespa reforça a chamada “regra de ouro” do Guia Alimentar para a População Brasileira: optar sempre por alimentos in natura ou minimamente processados,no lugar dos processados e ultraprocessados. “Esses produtos industrializados contêm muitos aditivos químicos que, quando consumidos em excesso, podem causar prejuízos à saúde. Fazer escolhas alimentares mais conscientes é uma das principais formas de cuidar do corpo durante o inverno amazônico”, conclui a nutricionista.
Foto: Bruno Cecim / Ag.Pará
