O presidente do Irã, Ebrahim Raisi, afirmou, nesta quarta-feira (17), que seu país poderia ter destruído Israel no ataque do último sábado (13) com centenas de mísseis e drones, mas que optou por uma ação “limitada”.
– A [operação] Promessa Verdadeira foi uma ação limitada e não integral. Se tivesse sido uma ação em grande escala, não sobraria nada do regime sionista [Israel] – assegurou Raisí durante um discurso por ocasião do Dia Nacional do Exército.
Diante de Raisi, desfilaram nesta quarta em Teerã tropas das Forças Armadas iranianas, bem como drones, veículos blindados e mísseis, em desfiles que se repetiram em outras cidades do país em uma demonstração de seu poderio militar.
– Se o regime sionista cometer a mínima agressão na nossa terra, receberá uma resposta feroz e severa – reiterou o presidente iraniano, que nos últimos dias tem repetido ameaças contra Israel.
As autoridades iranianas insistem em alegar que o ataque de sábado foi “necessário, proporcional e dirigido a alvos militares” para criar “capacidade de dissuasão”, em resposta ao bombardeio do consulado iraniano em Damasco no dia 1° de abril.
A Força Aérea iraniana juntou-se nesta quarta-feira às advertências e avisou que tem caças russos Sukhoi Su-24 prontos para “atingir alvos” caso o “inimigo” cometa erros estratégicos.
Por sua vez, a Marinha iraniana informou que está escoltando navios comerciais do seu país desde o Golfo de Aden, em frente à costa do Iêmen, até o Canal de Suez, ao longo de todo o Mar Vermelho.
Nesse sentido, destacou que o destroier Jamaran está atualmente no Golfo de Aden.
– Estamos preparados para proteger também os navios de outros países – disse o comandante da Marinha iraniana, o contra-almirante Shahram Iranian.
Os líderes iranianos aumentaram o tom das suas advertências contra Israel e os países ocidentais sobre uma possível resposta de Tel Aviv ao ataque. Ao mesmo tempo, os Estados Unidos e a União Europeia estão considerando adotar novas sanções contra o Irã pelo ataque sem precedentes contra Israel.
*EFE
Fonte: Pleno News/ Foto: EFE/EPA/ABEDIN TAHERKENAREH