O governo israelense declarou emergência e lançou na madrugada deste domingo, 25, uma série de bombardeios no Líbano depois de identificar que o grupo terrorista libanês Hezbollah estava lançando “um amplo ataque” contra o território israelense.
As Forças de Defesa de Israel (FDI) disseram ter identificado que “a organização terrorista Hezbollah” tinha se preparado para “disparar mísseis e foguetes contra o território israelense. Israel disse ainda que “em resposta a essas ameaças, as forças estão atacando alvos terroristas no Líbano”. Aviões de combate da Força Aérea de Israel estão atacando o que o país considera “uma ameaça iminente”.
O Hezbollah, por sua vez, anunciou o lançamento de um ataque de “vingança” contra Israel, que consiste em bombardear bases e posições estratégicas israelenses com mais de 320 foguetes Katyusha para abrir caminho para “drones de ataque que estão a caminho das profundezas da entidade sionista”.
O primeiro-ministro de Israel, Benjamin Netanyahu, está dirigindo as operações a partir da base militar de Kirya, em Tel Aviv, juntamente com o ministro da Defesa, Yoav Galant, que declarou estado de emergência militar e entrou em contato com o secretário de Defesa dos Estados Unidos, Lloyd Austin, para atualizá-lo. O gabinete político e de segurança de Israel foi convocado para uma reunião na mesma base.
A estratégia israelense constitui um “ato de autodefesa”, afirmou o porta-voz das FDI, Daniel Hagari, em uma mensagem de vídeo na qual enfatizou que as forças israelenses “estão atacando alvos terroristas no Líbano, de onde o Hezbollah planejava lançar seus ataques contra civis israelenses”.
Hagari ainda alertou que o grupo terrorista pró-Irã “disparará foguetes e possivelmente mísseis e veículos aéreos não tripulados contra o território israelense”, classificando a ação do Hezbollah como “um ataque extensivo a Israel” a partir de áreas próximas a casas de civis no sul do Líbano.
“Advertimos os civis localizados em áreas onde o Hezbollah atua para que se afastem do perigo imediatamente para sua própria segurança”, declarou Hagari.
Sirenes antiaéreas foram ativadas continuamente na região da fronteira libanesa desde as primeiras horas de domingo. O serviço de emergência israelense Magen David Adom elevou seu estado de alerta para o nível mais alto em todo o país.
O Hezbollah juntou-se ao grupo terrorista Hamas em sua guerra contra Israel em outubro do ano passado e, desde então, a violência na fronteira entre Israel e Líbano aumentou, atingindo a pior escalada desde a guerra entre o país e Hezbollah desde 2006.
Além disso, o Hezbollah, aliado do Irã, prometeu realizar um ataque em grande escala contra Israel como vingança pela morte de seu principal comandante, Fuad Shukr, em um bombardeio israelense nos arredores de Beirute em 30 de julho.
O Irã, maior inimigo de Israel, também ameaçou um ataque em grande escala contra o país por causa do atentado em Teerã, atribuído a Israel, que matou o então líder político do Hamas, Yahya Haniyeh, em 31 de julho.
“Atuamos em autodefesa contra o Hezbollah e qualquer outro inimigo que se junte a seus ataques contra nós e estamos prontos para fazer o que for preciso para defender o povo de Israel”, alertou Hagari.
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