A ministra do Meio Ambiente e mudança do Clima, Marina Silva, destacou a urgência de um planejamento global para substituir combustíveis fósseis por fontes de energia renováveis durante sua participação no simpósio conectando Clima e Natureza: Recomendações para negociações multilaterais, realizado em Brasília nesta terça feira (15).
Durante a palestra, a ministra lembrou o compromisso do Brasil com o meio ambiente, reafirmado desde a ECO 92, e enfatizou a necessidade de uma transição justa para evitar os impactos negativos do aquecimento global.
“Não é festa, é luta, não é a copa do mundo, não é a olímpiada, é uma COP”, afirmou se referindo a COP30, que será sediada em Belém (PA) em novembro deste ano. Para Marina a conferência será um momento crucial, pois o mundo enfrenta “a pedagogia do luto e da dor” devido aos impactos das mudanças climáticas e à ameaça ao multilateralismo.
A ministra ressaltou que é necessário um planejamento estratégico para evitar os efeitos extremos do clima, como temporais, secas, e incêndios, e garantir uma transição energética sem prejudicar a economia e o emprego. “Com planejamento, podemos fazer as mudanças de forma gradual, sem os efeitos indesejáveis da transição”, disse.
Marina também lembrou que as negociações climáticas precisam ser tratadas com a seriedade que o momento exige, especialmente após o aumento de 1,5° C na temperatura global em relação aos níveis pré-industriais, alcançado no ano passado. “O clima é parte da natureza, mas nossa intervenção foi tão profunda que agora, precisamos conectar clima e natureza, refletiu.
Protagonismo Indígena
No mesmo evento a ministra dos povos indígenas, Sônia Guajajara, destacou a importância do reconhecimento do conhecimento tradicional indígena nas negociações sobre mudanças climáticas “Não estamos preocupados com a quantidade, mas com a qualidade de como os povos indígenas podem contribuir para implementar os compromissos do Acordo de Paris”, afirmou.
Sônia reforçou que a relação sinérgica dos povos indígenas com a natureza é fundamental na construção de soluções para os desafios climáticos globais. Ela Lembrou que, enquanto os povos indígenas no Brasil, não construíram uma grande floresta”, preservando e ampliando a biodiversidade da Amazônia, que é fundamental para o equilíbrio climático.