Desde fevereiro de 2024, o mercado de gás natural no Pará avança para atender novas operações. O Sistema de Distribuição de Gás Natural (SDGN), da Companhia de Gás do Pará, instalado no Porto de Vila do Conde, em Barcarena, município da Região de Integração Tocantins, foi entregue oficialmente na quarta-feira (14).
O presidente da Companhia de Gás do Pará, Fernando Flexa Ribeiro, enfatizou a importância da integração das pastas da administração direta e indireta para a consolidação desse mercado. “Temos agradecimentos especiais aos que nos acompanham no dia a dia da implantação do Sistema. À Semas, com o licenciamento ambiental; à Sedeme (Secretaria de Estado de Desenvolvimento Econômico, Mineração e Energia), nos propiciando a vinda de novos clientes para o nosso Sistema de Distribuição; à Arcon (Agência de Regulação e Controle de Serviços Públicos do Estado do Pará), que é a agência reguladora, parceira de todos e da concessionária e distribuidora de gás no Estado”, ressaltou Flexa Ribeiro na entrega oficial do Sistema.
O governador do Pará, Helder Barbalho, destacou o avanço da diversificação da oferta de energia com menor impacto ambiental. “Estamos consolidando a chegada de uma nova matriz energética ao nosso Estado. Isso significa diversificação e oferta de energia, escolha de uma nova matriz dentro de um modelo de desenvolvimento sustentável, com redução de custos e emissões. Hoje, apenas com o funcionamento de uma empresa, significa uma redução de 700 mil toneladas de gases de efeito estufa na atmosfera. Isso significa a maior redução em uma operação exclusiva de reversão de matriz energética em todo o Brasil”, afirmou Helder Barbalho.
Novas demandas – O SDGN já se prepara para atender novas demandas, após a assinatura de contratos que preveem o início da operação de duas termelétricas no SDGN de Barcarena: Celba – com o Complexo Termoelétrico UTE Novo Tempo Barcarena -, em 2025, e Portocem, em 2026.
Em breve, a Gás do Pará também deverá atender com o fornecimento de gás comprimido estabelecimentos hoteleiros da capital paraense, em função da demanda gerada pela 30ª Conferência do Clima das Nações Unidas (COP 30). Outras prospecções visam atender indústrias mineradoras dos municípios de Marabá (no sudeste paraense), Oriximiná e Juruti (no oeste).
“As indústrias instaladas vão ganhar competitividade no mercado internacional ao mudarem a matriz energética para o gás natural, com menor custo e maior rentabilidade. O gás será um veículo de atração de novas indústrias, como as de fertilizante, vidro e porcelanato fino”, acrescentou Flexa Ribeiro.
A distribuição e comercialização do gás natural no Pará são reguladas pela Arcon. O órgão estabelece normas e fiscaliza as operações, para que haja equilíbrio entre sustentabilidade econômica e qualidade dos serviços.
De acordo com o diretor-geral da Arcon, Fabricio Costa, as equipes da Agência trabalham para a regulação do segmento, e se preparam para novas demandas do setor. “A operação do gás natural no Pará exige uma regulação qualificada, com base nas demandas do mercado e as particularidades da nossa região. A Agência acompanha as transformações para contribuir com o desenvolvimento paraense”, frisou o gestor.
Fonte: Agência Pará/Foto: Marcos Santos/Ag Pará