domingo, agosto 10, 2025
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Petrobras registra lucro de R$ 26,7 bilhões no 2º trimestre de 2025

Produção recorde de 2,32 milhões de barris por dia e investimentos no pré-sal compensaram queda de 10% no preço do petróleo Brent.

Por Redação g1

A Petrobras divulgou nesta quinta-feira (7) os resultados financeiros do segundo trimestre de 2025, com destaque para o lucro líquido de R$ 26,7 bilhões. Apesar da queda de 10% no preço internacional do petróleo tipo Brent, a estatal compensou o impacto com o aumento na produção de óleo e gás.

Desconsiderando eventos pontuais que não fazem parte da rotina da empresa, o lucro foi de R$ 23,2 bilhões, mantendo-se estável em relação ao trimestre anterior.

A produção média de petróleo da Petrobras no trimestre alcançou 2,3 milhões de barris por dia, alta de 5% em relação ao primeiro trimestre e de 8% frente ao mesmo período de 2024.

Segundo a Petrobras, esse avanço se deve à entrada em operação de novas plataformas e ao aumento da eficiência nos campos já existentes. A presidente da Petrobras, Magda Chambriard, afirmou que os “investimentos em projetos de alta atratividade” estão em ritmo acelerado.

No primeiro semestre, a empresa investiu R$ 48,8 bilhões, alta de 49% em relação ao mesmo período do ano anterior.

Somente no segundo trimestre, os investimentos totalizaram R$ 25,1 bilhões, com foco principalmente em projetos no pré-sal — áreas de exploração em águas profundas, como nas bacias de Santos e Campos.

Resultados operacionais e financeiros

O EBITDA Ajustado, indicador de desempenho operacional, foi de R$ 57,9 bilhões. Já o Fluxo de Caixa Operacional, que mostra quanto a empresa gerou com suas atividades, atingiu R$ 42,4 bilhões.

A Petrobras pagou R$ 66 bilhões em tributos à União, estados e municípios no trimestre e aprovou R$ 8,7 bilhões em dividendos e juros sobre capital próprio para seus acionistas.

Apesar do bom desempenho operacional, o lucro líquido foi 24,3% menor que o do primeiro trimestre (R$ 35,2 bilhões), reflexo da queda no preço do Brent. Ainda assim, o resultado superou amplamente o mesmo período de 2024, quando a empresa registrou prejuízo de R$ 2,6 bilhões.

Novas plataformas e descobertas

A estatal colocou em operação diversas novas plataformas, como os FPSOs Almirante Tamandaré, Maria Quitéria, Anita Garibaldi, Anna Nery e Alexandre de Gusmão. Juntas, essas unidades adicionaram 270 mil barris diários à capacidade de produção.

Além disso, a Petrobras confirmou a descoberta de petróleo de alta qualidade no pré-sal da Bacia de Santos e adquiriu novos blocos exploratórios em várias regiões do Brasil e também na Costa do Marfim.

BP anuncia descoberta de poço de petróleo no pré-sal da Bacia de Santos — Foto: Arte g1

BP anuncia descoberta de poço de petróleo no pré-sal da Bacia de Santos — Foto: Arte g1

No setor de refino, a empresa reativou a fábrica de fertilizantes Araucária Nitrogenados e concluiu obras relevantes em refinarias como a RNEST e a REPLAN. A capacidade de produção de derivados, como diesel e querosene de aviação, foi ampliada, com foco em combustíveis mais limpos.

Na refinaria RNEST, por exemplo, foram assinados contratos para a conclusão do Trem 2, que deve dobrar sua capacidade até 2029. Já a REPLAN aumentou a produção de diesel S-10, contribuindo para a substituição gradual do diesel S-500, mais poluente.

A dívida bruta da Petrobras atingiu US$ 68,1 bilhões em junho, alta de 5,5% em relação ao trimestre anterior, principalmente devido ao arrendamento de novas plataformas.

Com os investimentos e as melhorias operacionais, a empresa espera encerrar o ano com produção média de óleo e gás no limite superior da meta estabelecida.

 Foto: Marcos Serra Lima/g1

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