No Dia Internacional da Biodiversidade, celebrado nesta quinta-feira (22), o Pará destacou avanços importantes na conservação ambiental, com foco no projeto de Reintrodução e Monitoramento de Ararajubas, símbolo da Amazônia. A iniciativa, liderada pelo Instituto de Desenvolvimento Florestal e da Biodiversidade (Ideflor-Bio), entra agora em uma nova etapa, que prevê a soltura de mais 30 aves até o final de 2025. A ação integra as preparações do Estado para sediar a COP30, em Belém, em novembro.
Em sua terceira fase, o projeto já devolveu mais de 80 ararajubas (Guaruba guarouba) ao habitat natural, especialmente no Parque Estadual do Utinga. Segundo Rubens Aquino, técnico do Ideflor-Bio, o objetivo é superar a marca de 100 aves reintroduzidas, garantindo uma população viável e adaptada ao ecossistema urbano-florestal. Atualmente, entre 13 e 15 aves vivem em liberdade, com monitoramento constante.
O sucesso da iniciativa também é evidenciado pelo nascimento de filhotes na natureza, resultado que reforça a eficácia das ações. Além da conservação, o projeto promove educação ambiental, envolvendo comunidades locais como parceiras fundamentais na proteção das ararajubas.
Para o diretor de Gestão da Biodiversidade, Crisomar Lobato, o projeto simboliza uma política pública integrada, que alia ciência, educação e inclusão social. “O voo das ararajubas em Belém é a expressão concreta disso”, afirmou.
O presidente do Ideflor-Bio, Nilson Pinto, destacou que o Pará é o Estado mais biodiverso da Amazônia e reforçou o compromisso com a proteção ambiental. “A reintrodução das ararajubas é um gesto de esperança e um exemplo de que é possível conciliar desenvolvimento, justiça social e preservação”, concluiu.
Imagem: Agência Pará