A Polícia Federal (PF) abriu investigação para apurar um esquema de desvio de recursos através de transferências via PIX que ultrapassam R$ 813 milhões, segundo informação oficial divulgada na última sexta-feira (31).
De acordo com os dados da denúncia, o esquema envolvia múltiplas instituições bancárias, contas de fachada e cadastros falsos para viabilizar o envio de valores elevados em curtos períodos de tempo. Os investigados utilizavam a velocidade do PIX, que permite transferências imediatas, como meio para dificultar o rastreamento e diluir a origem dos recursos.
A PF informou que as transferências foram estruturadas de modo a se utilizarem de contas “laranjas”, empresas de fachada e movimentações entre diferentes bancos, criando uma teia difícil de acompanhar. Em muitos casos, os valores eram enviados para contas de terceiros, que logo após faziam novos repasses ou retiravam o dinheiro em espécie.
A investigação inclui apoio de autoridades bancárias e organismos internacionais que atuam no combate à lavagem de dinheiro, já que os valores envolvidos superam fronteiras nacionais e há suspeita de remessa para o exterior. A PF salientou que ainda está em fase inicial de análise, mas que o volume e a forma de operação sugerem organização sofisticada.
Para os usuários comuns, esse caso reforça alerta sobre o uso seguro do PIX: a recomendação é checar sempre a procedência de quem solicita depósitos ou transferências, evitar compartilhamento de chaves em contextos duvidosos e ficar atento a movimentações atípicas em contas pessoais. Já para o sistema financeiro, o episódio pode levar a novas exigências regulatórias, maior fiscalização e reforço das medidas de controle de fraudes envolvendo pagamentos eletrônicos.
Imagem: Policia Federal/ Divulgação
