A Polícia Federal prendeu, ontem, segunda-feira, 18, um policial militar reformado suspeito de ser membro de milícia invasora de terras na área de Tomé-açu. A ação, ocorrida em Belém e com apoio da Polícia Civil, faz parte da segunda etapa da operação Guaicuru, que já havia prendido duas lideranças indígenas em sua deflagração, no dia 29 de janeiro.
Após a primeira etapa da operação, foi pedida a prisão do alvo. Ele passou a ser procurado por conta da suspeita de invasão de terras produtivas de dendê e de atentar contra os povos indígenas e quilombolas da área de Tomé-Açu. O mandado de prisão foi cumprido no fim da tarde, na casa dele.
Trata-se de mais ação realizada a partir da soma de esforços entre a Polícia Federal e a Polícia Civil para conter a escalada da violência da região e garantir a segurança das comunidades indígenas e quilombolas. São apurados crimes de tentativa de homicídio, associação criminosa, milícia privada, posse ilegal de arma de fogo, dentre outros.
A OPERAÇÃO
A Polícia Federal deflagrou a Operação Guaicuru, que resultou na prisão de duas lideranças indígenas na segunda-feira (29/01), com apoio das polícias Civil e Rodoviária Federal. Eles são investigados como responsáveis por conflitos recentes entre povos tradicionais ocorridos no município de Tomé-Açu. São apurados crimes de tentativa de homicídio, associação criminosa, milícia privada, posse ilegal de arma de fogo, dentre outros.
Um dos alvos teve mandado de prisão cumprido no Aeroporto Internacional de Belém, por volta das 11 horas. Ele estava a caminho de São Paulo, quando foi abordado por equipe da Polícia Federal. Ele tambem é investigado por ameaça a servidores do Ibama.
A outra liderança indígena foi presa pela Polícia Rodoviária Federal, com base em informações apuradas pela PF e PC. A abordagem foi na rodovia BR 010, a caminho do município de Tomé Açu, por volta das 16 horas.
As investigações apontam que os presos se valiam da condições de lideranças para o cometer diversos crimes, incluse contra a própria comunidade indígena.
A operação visa restabelecer a ordem pública na região de Tomé-Açu, sobretudo em relação aos conflitos que envolvem as comunidades tradicionais. Existem disputas entre os próprios Tembés e também deles com quilombolas, por terras produtivas de dendê.
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