sábado, agosto 16, 2025
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Vídeo – Trump diz que houve progresso com Putin e que ligará pra Zelensky

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O presidente dos Estados Unidos, Donald Trump, afirmou nesta sexta-feira, 15, que houve progresso durante a reunião com Vladimir Putin, presidente da Rússia, no Alasca e que ligará para Volodymyr Zelensky, líder ucraniano, e a Otan, a aliança militar ocidental. Ainda assim, ele pontuou que “não haverá acordo até que haja um acordo”.

O próprio governo dos EUA admitiu que essa reunião histórica serve para “ouvir Putin” mais do que desenhar qualquer tipo de acordo, por isso a Ucrânia estaria de fora. Mas apenas uma foto ao lado do presidente americano poderá ser considerada a consolidação das vitórias diplomáticas do russo depois de ter sido considerado um pária internacional por sua invasão da Ucrânia em 2022.

“Tem muito de teatro político e pouco de substância em termos de negociação. É muito claro o que Putin quer com a guerra. Este é um encontro em que você não está incluindo a Ucrânia e outros parceiros”, analisa Carlos Gustavo Poggio, internacionalista e professor associado do Berea College, no Kentucky.

“O governo Trump diz que é um encontro para escutar Vladimir Putin. O Putin claramente entende que ele tem uma influência sobre Donald Trump. Quando eles tiveram esse tipo de encontro similar no passado, Trump saiu repetindo toda a versão do Vladimir Putin nas questões que eles discutiram”, dizze Poggio.

Na quinta-feira, 14, o Kremlin sinalizou que também estava interessado em discutir outros assuntos além da guerra, como laços econômicos e armas nucleares. Putin disse acreditar nos “esforços bastante enérgicos para interromper os combates, pôr fim à crise e chegar a acordos de interesse para todas as partes envolvidas neste conflito”.

FUTURO DO TERRITÓRIO UCRANIANO

Desesperado, o presidente ucraniano Volodymyr Zelensky se reuniu nesta quarta (13), com líderes europeus para tentar convencer Trump a defender os interesses da Ucrânia. O medo é que os dois líderes transformem o encontro em uma nova Yalta, onde a Europa foi dividida como uma colcha de retalhos após a derrota da Alemanha nazista. Putin e Zelensky têm demandas territoriais que se chocam e são inegociáveis.

Desde que a Rússia invadiu o país, 30% do território ucraniano chegou a estar sob domínio russo. Após contraofensivas da Ucrânia, a Rússia domina 19% do país, incluindo a Crimeia anexada ilegalmente desde 2014, segundo o Instituto para o Estudo da Guerra, sediado nos EUA. Esse controle engloba toda a região de Luhansk, cerca de três quartos das regiões de Donetsk, Kherson e Zaporizhzhia e pequenas áreas de Kharkiv e Sumy, no norte da Ucrânia.

“A perda de território já aconteceu “de fato”, mas não “de jure” [legalmente]. Os ucranianos não aceitam isso. E a maioria dos países ocidentais também não aceita. É uma situação muito difícil e contraditória em todos os campos, tanto no lado do Zelensky, quanto pelo lado do Trump e menos pelo lado de Putin”, explica Angelo Segrillo, professor no Departamento de História da USP especializado na história da Rússia e União Soviética.

Zelensky viajou à Alemanha na quarta e, ao lado do chanceler Friedrich Merz, conversou por vídeo com Trump antes do encontro desta sexta. Segundo ele, Trump concordou com cinco princípios: incluir a Ucrânia em conversas futuras; recusar-se a discutir termos de paz e cessão de territórios sem antes estabelecer um cessar-fogo; garantias de segurança após a guerra, incluindo o direito de se juntar à Otan em algum momento; e aumentar a pressão econômica sobre a Rússia se as negociações fracassarem.

Da Redação do Jornal A PROVÍNCIA DO PARÁ com Agências internacionais

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