sábado, dezembro 28, 2024
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Um ano de avanços na Universidade do Estado do Pará

Em 2024, a Universidade do Estado do Pará (Uepa) reafirmou sua posição como referência em ensino superior, pesquisa e extensão no Estado. O ano foi marcado por avanços significativos em pesquisa, inovação, infraestrutura e políticas afirmativas, consolidando o compromisso da instituição com a educação e a inclusão social. Ao longo de 2024, foram implementados mais de 1.200 projetos de pesquisa e extensão, impactando diretamente mais de 24 mil pessoas.

No campo da pesquisa, a Uepa realizou o XII Seminário de Integração Científica e implementou 312 projetos vinculados ao Programa Institucional de Bolsas de Iniciação Científica (PIBIC) e Programa Institucional de Bolsas de Iniciação em Desenvolvimento Tecnológico e Inovação (Pibiti), com um total de 560 bolsas distribuídas.

“A Uepa obteve ampliação do número de bolsas ao concorrer aos editais Fapespa (Fundação Amazônia de Amparo a Estudos e Pesquisas) de 120 bolsas no ano de 2022 para 348 bolsas no ano de 2023 e 362 bolsas no ano de 2024. Além disto, neste ciclo de 2024, contamos com a ampliação de 10 bolsas Pibic- Ações Afirmativas do CNPq e manutenção das bolsas Pibiti/CNPq, Pibic/CNPq e Uepa. Somando 560 bolsas aplicadas em 312 projetos de pesquisa científica e tecnológicos”, destaca o titular da Pró-Reitoria de Pesquisa e Pós-Graduação, Jofre Jacob Freitas.

Na pós-graduação, o destaque foi a aprovação do Mestrado em Rede de Processos e Tecnologias Educacionais e o lançamento de cursos inovadores como o Doutorado em Enfermagem e o Mestrado em Música na Amazônia. Também houve avanços com o Doutorado Interinstitucional em Educação em parceria com a PUC/RJ (Pontifícia Universidade Católica do Rio de Janeiro), a participação no Programa de Doutorado Sanduíche da Capes e o lançamento do Repositório Institucional e do Planejamento Estratégico da Pós-Graduação.

O Programa de Qualificação de Servidores também teve destaque em 2024, beneficiando 40 servidores, com um aumento de 66% no número de vagas oferecidas entre o primeiro e o segundo semestres. Já o Programa de Qualificação e Valorização dos Técnicos (Proqtec), regulamentado pela Instrução Normativa nº 02/2024, “tem como objetivo principal a valorização e qualificação dos servidores técnicos, administrativos e operacionais com graduação concluída, incentivando sua participação em pesquisa, inovação e empreendedorismo”, explica Jofre.

O ano também foi promissor para a universidade na área de infraestrutura, com a inauguração do campus XXII em Ananindeua, um marco significativo para a comunidade local, oferecendo cursos de Engenharia Florestal, Engenharia de Software e Licenciatura em Matemática. A comunidade de Conceição do Araguaia celebrou a entrega de uma nova quadra poliesportiva no campus VII, um investimento que beneficia diretamente os mais de 400 alunos matriculados.

Próteses – O Centro de Ciências Biológicas e da Saúde, em Belém, recebeu a Oficina Ortopédica Fixa (OOF), vinculada ao Centro Especializado de Reabilitação (CER III), uma estrutura pioneira na oferta de tecnologias assistivas para usuários de toda a Região Metropolitana e outras localidades do Estado.

O Governo do Estado viabilizou o recurso de mais de um milhão de reais para a construção do novo prédio da Oficina Ortopédica Fixa. A nova estrutura física da OOF é uma referência na dispensação de OPMs para usuários de toda a Região Metropolitana de Belém como: Ananindeua, Marituba, Benevides, Santa Izabel do Pará, Castanhal, Barcarena, Abaetetuba, Mosqueiro, além de atender também ribeirinhos da ilha do Combu e, assistir diversos pacientes da região do Marajó, entre outros.

O carpinteiro José Luis Silva Santa Brígida, 53 anos, que mora em Salinópolis, nordeste paraense, há três anos sofreu uma amputação no meio da coxa direita e, por meio do trabalho desenvolvido pela equipe da Oficina Ortopédica, foi atendido e recebeu uma prótese transfemural. “Foi muito bom ter recebido a prótese aqui no serviço da Uepa, estou muito grato. Depois que comecei a receber o atendimento e usar a prótese, minha vida mudou, me sinto útil novamente”, relatou. Em 2024, foram quase 2000 procedimentos realizados na Oficina Ortopédica, com benefício de 935 pessoas.

Auditórios – Durante o ano, novos auditórios foram inaugurados em Vigia e Paragominas, além da reforma do auditório Paulo Freire, no Centro de Ciências Sociais e Educação (CCSE), consolidando-se como um espaço versátil para eventos acadêmicos. Ainda na área da infraestrutura, diversos equipamentos foram entregues a todos os centros e campi da universidade ao longo do ano.

Segundo Natanael Felipe, aluno do curso de Design do campus VI da Uepa, em Paragominas, o novo auditório foi bem aceito pela comunidade acadêmica “porque o auditório que a gente tinha aqui não atingia muito bem as nossas necessidades, principalmente em relação ao espaço. Agora, isso não vai ser mais um problema, porque esse espaço é bem mais amplo”.

Corpo docente – Além disso, o fortalecimento do quadro de servidores foi uma prioridade, com a posse de mais de 150 professores efetivos, reforçando o corpo docente em municípios como Belém, Santarém, Altamira e Paragominas e o aumento no número de técnicos administrativos, garantindo qualidade no ensino e na gestão institucional.

Caroline Rodrigues foi aprovada como professora assistente do curso de Terapia Ocupacional, neste ano. Para ela, esse foi um momento de “retorno para casa”: “Eu fui formada pela universidade. Me formei em 2015 e desde o segundo ano da graduação, quando eu ingressei na monitoria acadêmica, descobri que queria ser docente. Era algo planejado, um sonho realmente, mas que eu não imaginava que pudesse realizar já. Para mim era algo ainda a longo prazo, mas graças a Deus, deu certo”, comemorou a professora.

Extensão – Na extensão, projetos como o “Ação Cidadania” e atividades culturais marcaram a presença da Uepa em diversas comunidades, com cerca de mil pessoas atendidas com serviços sociais e de saúde. 

Para a pró-reitora de Extensão, Vera Palácios, as ações da Uepa na Comunidade também foram o destaque do ano: “Eu acho que foi um ano de grandes realizações para nós porque, além de várias atividades, nós fizemos grandes ações pontuais em Igarapé-Açú, Bujaru, Vigia, e na Vila da Barca, em Belém, envolvendo, principalmente, todas as áreas, com participação de todos os centros”.

Políticas afirmativas ganharam destaque com a alteração na resolução de cotas, que passou a incluir vagas adicionais para quilombolas, indígenas e pessoas com deficiência (PcD). Como resultado, a Uepa realizou o primeiro Processo Seletivo Específico para Indígenas e Quilombolas, que contou com mais de 300 inscritos. 

Também foi realizada a ampliação do curso de Licenciatura Intercultural Indígena com seleção de novas turmas para o povo Tembé, na Terra Indígena Alto Rio Guamá; para os Suruí Aikewara, na Terra Indígena Sororó; para o Território Etnoeducacional Wayamu-Wai Wai, no município de Oriximiná-Mapuera; e para Sataré Mawé, na Terra Indígena Andirá-Marau, por meio no âmbito do Programa Nacional de Formação de Professores da Educação Básica – Parfor Equidade, que também permitiu a oferta do curso de Licenciatura em Educação Escolar Quilombola nos municípios de Castanhal, Moju e Salvaterra. 

Para a professora Lourdes Santos, coordenadora adjunta do Parfor Equidade, destaca que essa ação complementa a missão da instituição enquanto a universidade, “especialmente quando atinge populações historicamente desassistidas de políticas públicas, que podem reduzir desigualdades sociais existentes no Brasil e especialmente na região Norte”. 

Em 2024, a Uepa demonstrou seu compromisso com a excelência acadêmica, a inovação e a inclusão, promovendo ações que impactaram positivamente a sociedade e reforçaram seu papel como uma universidade transformadora na Amazônia.

Fonte: Agência Pará/Foto: Marcelo Rodrigues

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