O Programa Estadual de Erradicação da Mosca-da-Carambola, executado pela Agência de Defesa Agropecuária do Estado do Pará (ADEPARÁ) há 18 anos, ganhou reconhecimento nacional do Ministério da Agricultura e Pecuária (Mapa) pela adoção de boas práticas agrícolas durante as ações de defesa realizadas no território paraense.
O termo de reconhecimento foi publicado no Diário Oficial da União (DOE), desta sexta-feira (07). A conquista contou com o apoio da CropLife Brasil (CLB), uma associação civil sem fins lucrativos que representa empresas especializadas em pesquisa e desenvolvimento de soluções para a produção agrícola sustentável, que intermediou o pedido junto ao Ministério da Agricultura.
Para obter o reconhecimento, a ADEPARÁ enviou relatório com a proposta, onde foram detalhadas informações, metodologias e práticas executadas pelos setores envolvidos, como a Gerência do Programa, Educação Sanitária, Trânsito Agropecuário e Certificação Fitossanitária, que promovem as ações de Combate, Monitoramento, Educação Fitossanitária, Vigilância no Trânsito Agropecuário e Fiscalizam as execuções dos Levantamentos de Detecção das Unidades Produtivas, respectivamente.
Para o diretor-geral da ADEPARÁ, Jamir Macedo, esse reconhecimento é resultado de um trabalho árduo realizado pelos servidores, sobretudo no Distrito de Monte Dourado, no município de Almeirim, na divisa do Pará com o Amapá, região onde ainda há ocorrência da praga.
“Esse reconhecimento é merecido aos servidores da Gerência do Programa de Erradicação da Mosca-da-carambola e demais servidores da Agência pela excelência do trabalho executado e comprometimento com a Defesa Agropecuária no nosso Estado”, ressaltou o diretor.
As Boas Práticas Agrícolas (BPAs) envolvem um conjunto de princípios, normas e recomendações técnicas aplicadas à produção, processamento e transporte de insumos, matérias-primas e produtos. Dentre os 10 requisitos mínimos de reconhecimento para adoção da BPA exigidos pelo Mapa estão o planejamento e gestão do estabelecimento rural; a organização e higiene no estabelecimento rural, o uso correto de insumos, o manejo integrado de pragas e o cumprimento da legislação ambiental e a rastreabilidade do processo produtivo com registros e controles da produção, dentre outros.
O Fiscal Estadual Agropecuário Adalberto Tavares, Gerente do Programa, explica que o relatório pleiteando o reconhecimento traz uma análise da parte documental, inclusive com os materiais educativos que foram elaborados para utilização nas ações de educação fitossanitária. “Esse reconhecimento reforça nosso compromisso com a excelência fitossanitária e evidencia a importância da parceria e do trabalho em conjunto para o sucesso das ações voltadas à defesa agropecuária em nosso Estado”, disse o Gerente do Programa.
A execução das ações de erradicação da mosca-da-carambola é realizada de forma integrada entre diferentes setores, envolvendo a mobilização de recursos humanos e materiais, bem como a colaboração da sociedade. Para a eficácia do programa, a educação fitossanitária desempenha um papel importante, funcionando como um pilar essencial para conscientizar e mobilizar a comunidade. Por meio de campanhas educativas, palestras, distribuição de materiais informativos e abordagens diretas a diferentes públicos, o programa promove práticas preventivas que reduzem os riscos de dispersão da praga e fortalecem as medidas de controle.
“Com esse reconhecimento nós conseguimos demonstrar como uma abordagem integrada, regulamentada e educacional pode proteger a agricultura e manter o estado do Pará competitivo no mercado global de frutas”, declarou o Diretor-Geral.
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MOSCA DA CARAMBOLA
É uma praga quarentenária com impacto na agricultura que impõe restrições ao comércio de frutos. Originária da Ásia, é uma das principais ameaças à fruticultura brasileira devido aos sérios prejuízos que causam em várias culturas. O primeiro registro no Brasil ocorreu em 1996, no Amapá, de onde a praga teria sido disseminada. Desde então, já houve infestações no Pará e em Roraima, pela proximidade geográfica e grande tráfego de pessoas e mercadorias.
Fonte e imagens: Agência Pará de Notícias
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