segunda-feira, julho 7, 2025
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Brics pressiona países ricos por US$ 1,3 trilhão em financiamento climático até a COP30

Em declaração conjunta divulgada nesta segunda-feira (7), os países do Brics cobraram o compromisso dos países desenvolvidos com o financiamento climático global. A meta, segundo o grupo, é atingir US$ 1,3 trilhão até a COP30, marcada para novembro em Belém (PA). A proposta integra o chamado “Mapa do Caminho de Baku a Belém”, estratégia que reforça a urgência na mobilização de recursos para adaptação e mitigação dos efeitos das mudanças climáticas.

O documento expressa preocupação com a falta de ambição e ações concretas dos países mais ricos, especialmente no período anterior a 2020. O Brics instou essas nações a revisarem suas metas para 2030 e a alcançarem emissões líquidas zero preferencialmente até 2030, com emissões negativas a partir de então.

Durante a Cúpula de Líderes do grupo, no Rio de Janeiro, a defesa do multilateralismo climático ganhou destaque. O Brics reiterou o apoio ao Acordo de Paris e à Convenção-Quadro das Nações Unidas sobre Mudança do Clima (UNFCCC), reforçando que países desenvolvidos têm responsabilidade histórica e financeira no combate à crise ambiental.

Segundo o texto, embora exista capital global suficiente, os recursos estão mal distribuídos. Por isso, o grupo defende que o financiamento climático seja feito majoritariamente por meio de doações e fundos não reembolsáveis, evitando o agravamento das dívidas nos países em desenvolvimento.

Entre os principais mecanismos sugeridos estão o Fundo Verde para o Clima, o Fundo Global para o Meio Ambiente e o futuro Fundo Florestas Tropicais para Sempre (TFFF), que deve ser lançado oficialmente na COP30 como uma alternativa promissora de financiamento misto e previsível para conservação ambiental.

A declaração também reforça a importância de mecanismos de mercado de carbono, como forma de atrair o setor privado, e condena medidas unilaterais consideradas protecionistas e discriminatórias, como o ajuste de carbono nas fronteiras (CBAMs) e outras exigências ambientais com impacto negativo sobre as economias em desenvolvimento.

Imagem: Isabella Castilho/BRICS Brasil

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