João Pessoa, 18 de agosto de 2025 Ex-funcionários de Hytalo Santos revelaram, em depoimentos ao programa Fantástico, uma estrutura opressiva e abusiva dentro da casa do influenciador paraibano acusado de tráfico de pessoas e exploração sexual de adolescentes. As denúncias apontam controle extremo da rotina dos jovens e condições de vida degradantes, agora sob investigação do Ministério Público do Trabalho e da Polícia Civil da Paraíba.
Segundo relatos, os adolescentes só podiam comer com autorização de Hytalo, em horários determinados por ele “quando ele acordasse” , passando a noite sem acesso à comida. Ainda, os celulares eram guardados em caixas ou trancados no quarto do influenciador, por medo de que eles revelassem o que ocorria por trás das câmeras.
A mansão foi descrita como insalubre, com lixo acumulado por vários dias seguidos. Em paralelo, festas com consumo de bebidas alcoólicas eram frequentes inclusive com participação dos adolescentes.
A rotina escolar era negligenciada. Havia ocasiões em que os adolescentes eram gravados indo à escola para as câmeras, mas depois não chegavam a frequentar as aulas. Em alguns casos, faltavam até 50 dias por conta de exigências de gravações.
“Filhos adotivos” tratados como propriedade
Fontes revelaram que os jovens eram tratados como propriedade do influenciador, submetidos a uma rotina semelhante à de um “reality show”: coreografias sensuais, monetização digital e exploração direta do trabalho infantil.
Um esquema de exploração sofisticado
Em paralelo às denúncias, foi revelado que os pais dos adolescentes recebiam entre R$ 2 mil e R$ 3 mil por mês para permitir que seus filhos morassem com Hytalo. Há ainda relatos de que o influenciador recebia malas com dinheiro e joias em sua residência, reforçando a complexidade e magnitude do esquema de exploração.
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