A Polícia Científica do Pará, por meio do Laboratório de Genética Forense, alcançou no dia 2 de setembro a meta anual de mil coletas de amostras de DNA de custodiados do sistema prisional. Foram coletados 1.115 perfis genéticos, superando a meta estabelecida. Essa ação foi realizada em parceria com a Secretaria de Assistência Penitenciária (Seap) e envolveu visitas a unidades do sistema penitenciário durante os primeiros dois semestres deste ano.
As amostras de DNA foram coletadas por meio de swabs materiais absorventes presos a hastes passados no interior da boca para extração de células da mucosa oral. Essas amostras serão enviadas para o Banco Nacional de Perfis Genéticos (BNPG), permitindo a comparação do DNA dos custodiados com vestígios genéticos encontrados em cenas de crimes. O objetivo é identificar possíveis ligações entre os indivíduos e crimes não resolvidos, contribuindo para a elucidação de casos e a redução da criminalidade.
O diretor-geral da Polícia Científica do Pará, Celso Mascarenhas, ressaltou a importância dessa ação:
“Para nós, da Polícia Científica, é muito importante realizarmos este tipo de procedimento junto com os peritos do nosso Laboratório de Genética Forense em parceria com a Seap, pois além de alimentarmos o banco de perfil genético nacional, teremos um arsenal de DNA pronto para comparar com qualquer vestígio, e com isso ajudar a solucionar e reduzir os índices de criminalidade no nosso Estado e no Brasil.”

Desde o início da implementação desse programa, o Pará tem se destacado nacionalmente. No primeiro ano de cumprimento da meta, o estado ficou em 4º lugar entre os que mais inseriram perfis genéticos no BNPG. Nos anos seguintes, manteve-se entre os três primeiros, recebendo diversos equipamentos como incentivo pelo desempenho. Em 2024, o Pará alcançou a marca de 30 “matchs” quando há correspondência entre o DNA de um custodiado e vestígios encontrados em cenas de crime.
A gerente do Laboratório de Genética Forense e administradora do Banco de Perfis Genéticos no Pará, Elzemar Rodrigues, destacou a importância desse trabalho:
“Tenho uma satisfação muito grande em conseguirmos manter as metas, fazendo com que o Estado do Pará sempre esteja entre os Estados que mais inserem perfis de condenados nos bancos. Mesmo mediante uma alta demanda de perícias para realizar, inclusive em anos difíceis, como o ano do auge da pandemia, quando muitos laboratórios de outros Estados não conseguiam nem entrar nos presídios, nossa equipe conseguiu realizar o trabalho e atingir a meta.”
Essa iniciativa não só contribui para a solução de crimes, mas também fortalece a segurança pública no estado, promovendo justiça e transparência no sistema penal.
Imagem: Agência Pará