O Supremo Tribunal Federal (STF) deu início nesta terça-feira (2) ao julgamento do chamado “núcleo crucial” da suposta trama golpista de 2022, que envolve o ex-presidente Jair Bolsonaro (PL) e sete ex-auxiliares. O ministro Alexandre de Moraes, relator do caso, iniciou a sessão com a leitura de seu relatório, resumindo as investigações e as etapas do processo.
Em sua fala inicial, Moraes destacou o papel do STF na proteção da democracia e da soberania nacional, afirmando que a estabilidade institucional não significa ausência de conflitos, mas sim respeito à Constituição e às garantias fundamentais. Ele enfatizou que a pacificação do país depende do respeito à Constituição, da aplicação das leis e do fortalecimento das instituições, ressaltando que “não há possibilidade de se confundir a saudável e necessária pacificação com a covardia do apaziguamento, que significa impunidade e desrespeito à Constituição Federal e, mais, incentivo a novas tentativas de golpe de Estado”.
O julgamento está previsto para ocorrer entre os dias 2 e 12 de setembro, com sessões diárias. O ex-presidente Jair Bolsonaro não compareceu ao Tribunal nesta manhã e acompanha o julgamento de casa, enquanto o único réu presente no julgamento é o ex-ministro da Defesa, Paulo Sérgio Nogueira.
O caso envolve acusações de tentativa de golpe de Estado, abolição violenta do Estado Democrático de Direito, organização criminosa armada, dano qualificado e deterioração de patrimônio tombado. Se condenados, os réus podem enfrentar penas que chegam a 43 anos de prisão, dependendo da acumulação e gravidade dos delitos.
O julgamento tem atraído atenção nacional e internacional, sendo transmitido ao vivo pela TV Justiça, Rádio Justiça e o canal oficial do STF no YouTube, além de contar com cobertura de veículos de mídia como InfoMoney, R7, Metrópoles, CNN Brasil e GloboNews .
Imagem: Luiz Silveira/STF








