A ONU Mulheres completa 15 anos em 2025 e, neste marco, a entidade reforça que a desigualdade de gênero segue como um dos maiores desafios globais. Apesar de avanços, os direitos das mulheres seguem ameaçados em ao menos um a cada quatro países, segundo pesquisa da própria agência.
“Direitos das mulheres são como ondas do mar: há retrocesso, mas os avanços são persistentes”, afirmou Ana Querino, representante da ONU Mulheres no Brasil, ao destacar a importância de renovar compromissos em defesa de meninas e mulheres, sobretudo em tempos de fragilidade política e institucional.
Com 4 bilhões de meninas e mulheres no mundo, a agência alerta que elas ainda enfrentam exclusão política, econômica, digital e são desproporcionalmente atingidas pela pobreza e pelos conflitos armados. Mais de 600 milhões vivem atualmente em zonas de guerra, onde estão mais vulneráveis à violência, à fome e à morte materna.
Para enfrentar esse cenário, a ONU Mulheres propôs nesta terça-feira (1º) um plano com 15 ações prioritárias. Entre elas estão: a inclusão digital de mulheres, igualdade salarial, aumento da presença feminina nos espaços de decisão, fim da violência de gênero, combate à pobreza extrema e maior participação em debates sobre o clima e a economia.
A entidade também defende a proteção de direitos já conquistados, fortalecendo sistemas legais, políticos e financeiros que garantam — e não bloqueiem — a igualdade de gênero.
“O que precisamos agora são lideranças que defendam esses direitos com firmeza. Não podemos permitir que vozes contrárias ao progresso feminino se tornem maioria”, concluiu Ana Querino.
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