sábado, abril 12, 2025
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Brasileira que vive nos EUA é condenada a mais de 21 anos de prisão por mandar matar prima no Pará

A Justiça Federal condenou a brasileira Elziane Neres Lima, residente nos Estados Unidos, a 21 anos, 10 meses e 15 dias de prisão por ser considerada mandante do assassinato da própria prima, ocorrido em Eldorado do Carajás, no sudeste do Pará. A ré também foi sentenciada por envolvimento no crime de tráfico internacional de mulheres. A decisão foi proferida pela 1ª Vara da Subseção Judiciária de Marabá na última quarta-feira (9) e divulgada nesta sexta-feira (11).

O juiz responsável pelo caso determinou ainda a extradição de Elziane Lima para o Brasil, onde deverá cumprir a pena. A ré foi presa pela Interpol em New Jersey (EUA), no dia 4 de junho de 2010, mas teve a prisão preventiva revogada sob a condição de atender às solicitações da Justiça brasileira.

De acordo com a denúncia apresentada pelo Ministério Público Federal (MPF) em 2005, Elziane facilitou a entrada ilegal de duas irmãs, uma amiga e uma prima nos Estados Unidos, sob a condição de que elas trabalhassem como dançarinas e se prostituíssem para quitar a dívida da travessia, cujo valor era cobrado por ela própria.

As investigações apontam que Elziane fazia ameaças constantes às mulheres, alegando que, caso não pagassem o valor combinado, seriam denunciadas às autoridades norte-americanas. Uma das vítimas, Sheila Ribeiro de Sousa, prima da ré, recusou-se a exercer tais atividades para saldar a dívida.

A recusa, segundo o MPF, motivou Elziane a ameaçar familiares da vítima no Brasil. Em 2004, ela teria contratado dois homens para executar Solange Ribeiro, irmã de Sheila. A vítima foi alvejada em 5 de outubro de 2004, em Eldorado do Carajás, chegou a ser socorrida e levada para um hospital em Belém, mas não resistiu aos ferimentos, vindo a falecer dez dias depois, em 15 de outubro.

Os advogados da ré, Arnaldo Ramos de Barros Júnior e Wandergleisson Fernandes Silva, sustentaram a inexistência de provas concretas que confirmassem a participação de Elziane nos crimes, alegando que os elementos apresentados durante o processo não seriam suficientes para fundamentar a condenação.

No entanto, o Ministério Público Federal reafirmou sua convicção quanto à responsabilidade da ré, com base em depoimentos de testemunhas e outras provas reunidas ao longo do processo. O MPF destacou a atuação de Elziane como mentora intelectual do homicídio e como agente ativa no tráfico de mulheres.

Os dois homens acusados de executar o crime foram julgados em 2007, mas acabaram absolvidos por insuficiência de provas, em decisão proferida por um Júri Federal.

Por: Thays Garcia

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