sábado, setembro 7, 2024
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Cazarré volta a falar contra aborto e faz relato emocionante

Nesta segunda-feira (17), o ator Juliano Cazarré voltou a se manifestar contra o aborto. Ele publicou um vídeo, contou que foi alvo de xingamentos por conta de seu posicionamento e fez uma revelação sobre seu primeiro filho, Vicente.

– Sempre o aborto é a morte de uma criança. E às vezes acaba mais tragicamente ainda sendo a morte da criança e da mãe. Enfim, eu não queria falar sobre isso, eu não gosto de me meter em polêmica. Eu fico mal, passo os dias entristecido. Eu não gosto de ser atacado nas redes sociais. Mas, de vez em quando, quando o assunto é importante o suficiente, eu sinto que tenho que dar a minha opinião. Eu dou a minha opinião sem medo, de peito aberto. Sempre sou claro no que penso. (…) Poucos têm a coragem de se levantar e falar: “não, eu não penso assim”. Eu não gosto de me indispor com ninguém. Eu sou um artista e como todo artista quero ser amado, gosto de aplauso, não gosto de ser xingado, mas [sobre] um tema tão importante assim, eu senti que tinha que dar minha opinião. E eu dei a minha opinião aqui, esclarecendo fatos, argumentos, dando as minhas razões, sem xingar ninguém. Não falei de religião em momento algum. Aí eu vejo o seguinte: a resposta que eu recebo é xingamento – falou.

O artista rebateu questionamentos sobre adoção e falou que adotou seu primogênito. Ele destacou também a força de sua esposa.

– Não tem como provar que a vida não começa na concepção. Não tem como não dizer que uma criança é morta. Então o que eles fazem: eles vêm e te xingam. E uma das coisas que falam é essa: “ah, mas quem você adotou. Você nunca adotou ninguém”. Eu e a Letícia temos seis filhos. A fila de adoção é gigantesca no Brasil. Então, a gente entrar na fila de adoção seria tomar o lugar de uma família que não pode ter filhos e quer um filho. Mas, eu vou contar uma história aqui que há 14 anos eu [me] calo sobre essa história. O meu filho mais velho, Vicente, é adotado. Eu adotei o Vicente. Porque quando eu reencontrei a Letícia, ela estava grávida. Uma gravidez que era fruto de uma relação abusiva. O cara não queria ser pai. Uma das sugestões do pai foi: “você não vai ter esse filho”. E a Letícia falou [para ele]: “eu não preciso de você pra nada, vou ter esse filho sozinha”. E Letícia voltou para a casa dos pais e quando estava com mais ou menos cinco meses, a gente se encontrou e eu me apaixonei por ela. Eu sabia que eu ficaria com ela o resto da gravidez, seria o pai daquela criança e ficaria com ela para sempre. Então, depois que o Vicente nasceu, eu entrei com todos os processos legais que tem que entrar, para adotar o Vicente. E o Vicente hoje, com muito orgulho, tem o meu nome e o nome do meu pai e minha mãe no lugar de avô e avó. O Vicente conhece essa história porque eu conto essa história para ele desde que ele nasceu. Ele sabe que se algum dia quiser encontrar o pai biológico, vai poder. Mas o Vicente sabe que ele só vai ter essa oportunidade porque ele nasceu. Porque a Letícia teve a força e a honra de falar: “eu vou ser mãe desse menino sozinha”.

No fim de semana, Cazarré foi alvo de críticas do ator José de Abreu, que usou as redes sociais para chamá-lo de “burro” e “cego pela religião. A reação de Zé de Abreu surgiu após Juliano publicar um vídeo no qual defende o Projeto de Lei 1.904/2024, o chamado PL do aborto, que consiste em equiparar a interrupção da gestação acima de 22 semanas ao crime de homicídio. Na postagem, o artista declarou que “todo aborto é um assassinato de um inocente” e que a mulher que não quiser “criar o filho pode entregar para a adoção”.

– O assassinato da criança não apaga o crime, não vai fazer com que aquele trauma vá embora e é, na maioria da vezes, é apenas mais um trauma na vida de uma mulher já traumatizada. Após 22 semanas de gestação o feto já tem possibilidade de viver fora do útero, e quem não quiser criar o filho pode entregar o filho para a adoção – resumiu.

Cazarré e sua esposa, Letícia, são pais de seis filhos. Uma das crianças, Maria Guilhermina, que completará 2 anos de idade no próximo dia 21 de junho, nasceu com Anomalia de Ebstein, uma cardiopatia congênita rara, e passou meses de seu primeiro ano de vida internada. Atualmente, ela usa uma cânula para auxiliar na respiração.

Com o posicionamento público, Cazarré se junta a Cassia Kis como as principais figuras artísticas a se pronunciarem a favor da proposta sobre o aborto.

No depoimento publicado nas redes, Cassia explicou que o projeto que tramita na Câmara “tem como finalidade criminalizar médicos, em alguns casos, mães que venham a fazer o aborto em estado gestacional avançado” e pede apoio à proposição.

Fonte: Pleno News/ Foto: Reprodução/ Print de vídeo Instagram Juliano Cazarré

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