Considerado o segundo meio de transporte mais barato, perdendo apenas para o fluvial, as ferrovias receberão cerca de 100 bilhões de reais dentro do Plano Nacional de Ferrovias, anunciado pelo Governo Federal na última semana. Infelizmente, mais uma vez, a dificuldade com o licenciamento ambiental deverá postergar as obras da Ferrogrão, que ligaria o município de Sinop, no Mato Grosso, ao porto de Miritituba, em Itaituba, um dos maiores corredores de grãos do chamado Arco Norte.
O Brasil possuía uma imensa rede ferroviária, que foi sendo sucateada, dando espaço ao transporte rodoviário, com a ampliação do modal e o aumento da frota de veículos pesados.
Agora, Governo e empresas ligadas ao agro correm atrás do tempo perdido e projetam ferrovias que irão ligar o Brasil de leste a oeste, de norte a sul e região central, facilitando o escoamento de grãos e minérios para os principais portos do país, como Santa Catarina, São Paulo, Espírito Santo, e Maranhão.
A empresa Vale deverá nvestir R$ 17 bilhões no modal ferroviário, assim como empresas estrangeiras, como as chinesas, conforme destacou o Ministro dos Transportes, Renan Filho, que aprovou a ferrovia de Açailândia, no Maranhão, até o porto de Vila de Conde, onde não haveria maiores danos ambientais por tratar-se de região já desmatada. E já está mais que na hora dessa ferrovia chegar a Barcarena, na região metropolitana de Belém, prometida e projetada que está há mais de uma década.
A Vale tem ampliado sua ferrovia ligando a região de Parauapebas, passando por Marabá, até o porto de Itaqui, em São Luiz do Maranhão, transportando minérios e passageiros.
Texto: Pedro Medina/Fotos: Divulgação