quarta-feira, junho 18, 2025
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Conflito entre Israel e Irã: qual é a posição do Brasil e das potências mundiais?

O recente ataque de Israel contra usinas nucleares e alvos militares no Irã acendeu um novo conflito entre os dois países, que são rivais de longa data no Oriente Médio. Israel afirma que quer impedir o Irã de desenvolver armas nucleares, enquanto Teerã garante que seu programa é apenas para fins pacíficos. Desde então, os dois lados têm trocado ataques, e o mundo acompanha com preocupação.

Além dos impactos na segurança, o conflito já influencia na alta dos preços de combustíveis e alimentos, e há risco de que outras potências se envolvam. Veja como os principais países estão se posicionando:

EUA: discurso duro, mas cauteloso

Os Estados Unidos, inicialmente, se distanciaram da decisão de Israel. O secretário de Estado, Marco Rubio, afirmou que os EUA “não estão envolvidos nos ataques” e pediu que o Irã não retalie contra interesses americanos.

Apesar do tom inicial mais neutro, o presidente Donald Trump deixou claro que apoia Israel e classificou os ataques como “excelentes”, indicando que “há mais por vir”. Trump pressiona para que o Irã desista completamente de seu programa nuclear, mas admite que isso exigirá negociações  algo que, segundo ele, o Irã não estaria disposto no momento.

O presidente americano chegou a dizer que “sabemos exatamente onde o líder supremo do Irã está escondido”, sugerindo que ataques mais duros podem acontecer.

Na prática, os EUA tentam equilibrar apoio total a Israel, mas sem se envolver diretamente, a fim de proteger suas forças na região e, ao mesmo tempo, usar a pressão militar como barganha diplomática.

 China: apoio ao Irã e defesa do diálogo

A China adotou uma postura crítica contra Israel. O governo chinês condenou o ataque que deu início ao conflito, classificando-o como uma “violação da soberania iraniana”, e afirmou que apoia o direito do Irã de se defender.

Além disso, a China se colocou como possível mediadora para tentar frear a escalada do conflito. O governo chinês pediu que tanto Israel quanto Irã tomem medidas imediatas para reduzir a tensão e retomar o caminho do diálogo.

Rússia: condenação a Israel e olho nos próprios interesses

O presidente russo, Vladimir Putin, condenou os ataques israelenses e se colocou como potencial mediador da crise. A Rússia é aliada histórica do Irã, inclusive militarmente.

Analistas russos apontam que, apesar dos riscos, Moscou pode se beneficiar indiretamente da crise. Isso porque o aumento no preço do petróleo favorece a economia russa, e a atenção da comunidade internacional se desvia da guerra na Ucrânia.

Porém, a escalada do conflito também traz riscos para a Rússia, que mantém acordos estratégicos tanto com Teerã quanto com outros países da região.

Brasil: duras críticas a Israel

O governo brasileiro condenou fortemente o ataque de Israel, classificando a ação como uma “clara violação da soberania iraniana e do direito internacional”. O Itamaraty alertou para o risco de o conflito se transformar em uma guerra de grandes proporções, com impacto global.

Até o momento, o Brasil não se pronunciou oficialmente sobre a retaliação do Irã contra Israel. A preocupação do governo inclui, inclusive, a segurança de brasileiros que estavam em Israel durante o início do conflito  duas comitivas de autoridades brasileiras precisaram se abrigar em bunkers, mas já conseguiram deixar o território.

A tensão entre Brasil e Israel não é recente. Desde o início da guerra na Faixa de Gaza, em outubro de 2023, o presidente Luiz Inácio Lula da Silva vem endurecendo o tom contra o governo israelense, que ele acusa de promover um “genocídio” contra palestinos.

O governo brasileiro estuda, inclusive, romper relações militares com Israel, suspendendo contratos e cooperações na área de defesa, embora avalie que um rompimento total nas relações diplomáticas seria uma medida mais delicada e de maiores impactos.

E agora? O cenário é extremamente delicado. O mundo acompanha atento, temendo que o conflito se amplifique, afete a economia global e gere instabilidade em várias regiões.

Por enquanto, as grandes potências tentam, cada uma a seu modo, evitar que o confronto tome proporções ainda maiores  embora interesses econômicos, diplomáticos e estratégicos estejam claramente em jogo.

Por: Thays Garcia/ A Província do Pará

Com informações Agências internacionais

Imagem: Reprodução internet

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