sexta-feira, novembro 22, 2024
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Descoberta surpreendente na capital paraense: Uiraçu é avistado no Parque Estadual do Utinga

Em um feito inédito para a capital paraense, um uiraçu (Morphnus guianensis), uma das maiores aves de rapina das Américas, foi avistado e fotografado sobrevoando o Lago Bolonha, no Parque Estadual do Utinga “Camillo Vianna”. A descoberta, realizada pelo professor e fotógrafo Gustavo Melo da UFPA, em parceria com o biólogo Felipe Furtado, confirma a rica biodiversidade que abriga uma das principais áreas de conservação de Belém.
Uma raridade em ascensão

O uiraçu, conhecido por sua beleza e imponência, é uma ave bastante rara e difícil de ser avistada, mesmo em áreas de grande extensão de floresta. Sua presença no Parque do Utinga, um dos últimos refúgios da natureza em meio à urbanização, demonstra a importância da preservação desse espaço para a fauna local.

Foto: Gustavo Melo/IdeflorBio

Ameaças e conservação

Apesar de sua ampla distribuição geográfica, que se estende do México à Argentina, o uiraçu enfrenta diversas ameaças, como a perda de habitat e a caça. A espécie é considerada “quase ameaçada” pela IUCN e, em algumas regiões da Mata Atlântica, encontra-se em situação crítica.

O avistamento no Parque do Utinga reforça a necessidade de intensificar os esforços de conservação e proteção desse ecossistema tão importante. O gerente da Região Administrativa de Belém, Júlio Meyer, celebrou a descoberta e destacou a importância de garantir a proteção de espécies raras e ameaçadas.

Um convite à observação de aves

A observação do uiraçu não só contribui para o conhecimento científico, mas também inspira a população a valorizar e preservar a rica biodiversidade da região. Para incentivar essa prática, o Ideflor-Bio criou o Clube de Observação de Aves do Pará (Coapa), uma iniciativa que busca conectar as pessoas à natureza e promover a conservação das aves.

Um futuro promissor

O registro do uiraçu no Parque do Utinga é um sinal de esperança para a conservação da biodiversidade na Amazônia. A descoberta demonstra que, com os esforços de conservação adequados, é possível proteger espécies ameaçadas e garantir um futuro mais sustentável para as próximas gerações.

Foto Destaque Ilustração: Christopher Borges

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