O deputado federal Eduardo Bolsonaro (PL-SP) comentou ontem, sexta-feira, 25, a operação realizada pela Polícia Federal (PF) que teve como um dos alvos o deputado federal Gustavo Gayer (PL-GO). Em uma postagem no Instagram, Eduardo criticou o fato de a ofensiva acontecer próximo do segundo turno das eleições e disse que a operação contra o parlamentar goiano transparece uma “perseguição”.
– Mas mais uma vez o tiro sairá pela culatra, pois neste cenário o que transparece aos olhos do povo é a perseguição e, logo, todos se comovem em favor do perseguido. É como num filme do Rocky Balboa. E também mais uma vez, se os alvos de Moraes souberem do que estão sendo acusados – pois as vezes nem isso ocorre – será através da imprensa e não de seus advogados – protestou.
Eduardo também disse ser “um escárnio” que o ministro Alexandre de Moraes, do Supremo Tribunal Federal (STF), ainda siga na direção de inquéritos que envolvem políticos de direita, especialmente após as denúncias feitas recentemente em reportagens do jornalista Glenn Greenwald, que apontaram que o Tribunal Superior Eleitoral (TSE) teria sido usado pelo ministro como braço investigativo contra a direita.
SOBRE A OPERAÇÃO DA PF
A Polícia Federal (PF) deflagrou ontem uma operação intitulada Discalculia, que teve como objetivo apurar o desvio de recursos públicos de cota parlamentar, além de falsificação de documentos para criação de uma Organização de Sociedade Civil de Interesse Público (OSCIP). Entre os alvos da ação estava o deputado federal Gustavo Gayer (PL-GO).
Em um vídeo publicado em uma rede social, Gayer disse que foi acordado às 6h com sua porta “sendo esmurrada pela Polícia Federal”. O político disse ainda que teve equipamentos eletrônicos levados pelos agentes e afirmou que as ordens para a operação foram determinadas pelo ministro Alexandre de Moraes, do Supremo Tribunal Federal (STF).
Em nota, a PF disse que cerca de 60 policiais federais cumprem 19 mandados de busca e apreensão em Brasília (DF), Cidade Ocidental (GO), Valparaíso de Goiás (GO), Aparecida de Goiânia (GO), e Goiânia (GO). Os delitos investigados seriam de associação criminosa, falsidade ideológica, falsificação de documento particular e peculato-desvio.
De acordo com a corporação, a operação foi batizada de Discalculia – nome do transtorno de aprendizagem relacionado a números – porque teria sido identificada falsificação na Ata de Assembleia da constituição da OSCIP, consistente em data retroativa de 2003. Porém, o quadro social à época seria formado por crianças de 1 a 9 anos.
Imagem: Câmara dos Deputados/Fonte: Pleno.News