sexta-feira, outubro 18, 2024
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Governo Lula enfrenta déficit primário de quase R$ 100 bilhões em 2024

O ano de 2024 iniciou com expectativas mistas para o cenário econômico do Brasil. Sob a gestão do presidente Luiz Inácio Lula da Silva, o déficit primário tem sido um tópico fervorosamente discutido. Em agosto de 2024, o governo registrou um déficit de R$ 22,404 bilhões. Comparado ao mesmo período do ano anterior, houve uma redução de 19,6% em termos reais, levando em conta a correção pela inflação.

Segundo o g1, no acumulado do ano, o déficit alcançou R$ 99,383 bilhões, uma diminuição de 9,1% em comparação com os primeiros oito meses de 2023. Apesar da queda, o déficit nos últimos 12 meses chegou a R$ 227,52 bilhões, marcando o maior valor registrado desde 2021.

A equipe econômica do governo estima um déficit de R$ 28,3 bilhões para 2024. Essa projeção está próxima do piso da meta estabelecida, que permite um déficit de até 0,25% do Produto Interno Bruto (PIB), equivalente a R$ 28,8 bilhões. Essa meta evidencia uma abordagem otimista por parte do governo em comparação com as previsões mais cautelosas dos agentes do mercado financeiro.

De acordo com o Boletim Focus, a expectativa é que o desequilíbrio fiscal alcance 0,6% do PIB. O relatório Prisma Fiscal do Ministério da Fazenda ainda assinala que os agentes econômicos esperam um déficit primário de R$ 66,67 bilhões neste ano.

Como o contingenciamento e bloqueio influenciam o orçamento?

Em meio a incertezas financeiras, o Ministério do Planejamento e Orçamento fez a liberação de R$ 1,7 bilhão em setembro, após ter zerado o contingenciamento de R$ 3,8 bilhões, facilitado pelo aumento das receitas além do esperado. No entanto, também foi anunciado um bloqueio de R$ 2,1 bilhões, uma medida para ajustar as despesas obrigatórias que superaram as projeções.

O que dizem os números do setor público consolidado?

O déficit primário não contempla o pagamento dos juros da dívida pública. Contudo, o Banco Central do Brasil divulgou que, nos 12 meses até agosto de 2024, o déficit do setor público consolidado — englobando União, estados, municípios e estatais — atingiu R$ 1,11 trilhão. Durante o mesmo período, o pagamento de juros da dívida acumulou R$ 855 bilhões, representando 76,9% de todo o déficit público.

O que esperar do futuro econômico do Brasil?

A gestão das contas públicas continua a ser uma questão crítica para o Brasil em 2024. O governo enfrenta o desafio de equilibrar a recuperação econômica com a necessidade de manter o déficit dentro dos parâmetros estipulados. As projeções otimistas contrastam com análises mais conservadoras, criando um terreno fértil para debates sobre quais serão as melhores estratégias para a recuperação fiscal do país.

Fonte: Terra Brasil Notícias/Foto: Marcelo Camargo/Agência Brasil

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