sexta-feira, dezembro 6, 2024
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Haddad: “Bloqueio pode ser um pouco superior a R$ 5 bilhões”

O ministro da Fazenda, Fernando Haddad, disse que o bloqueio orçamentário a ser anunciado nesta sexta-feira (22), será na casa dos R$ 5 bilhões, conforme adiantou mais cedo o ministro da Casa Civil, Rui Costa. O governo divulga amanhã o Relatório Bimestral de Avaliação de Receitas e Despesas do 5º Bimestre.

– Talvez seja um pouquinho mais, um pouquinho mais que isso, mas na casa dos R$ 5 bilhões. É uma pequena variação que pode acontecer dependendo de uma variável que está sendo apurada pelo Planejamento, mas é em linha com o número que foi adiantado – disse Haddad a jornalistas após voltar de reuniões no Palácio do Planalto.

Uma das agendas, conforme mostrou o Broadcast mais cedo, foi o encontro dos ministros da Junta de Execução Orçamentária (JEO).

Com a arrecadação vindo em linha com o esperado, o governo não deve anunciar um novo contingenciamento. Haddad disse estar convencido de que o governo cumprirá a meta de resultado primário de 2024, que prevê zerar o déficit com uma banda de tolerância de 0,25 ponto porcentual do PIB.

– A receita está correspondendo às expectativas nossas e do ponto de vista do cumprimento de meta conforme a LDO. Nós estamos desde o começo do ano dizendo, reafirmando contra todos os prognósticos, não vai haver alteração de meta do resultado primário. E nós estamos, já no último mês do ano praticamente, convencidos de que nós temos condições de cumprir a meta estabelecida na LDO do ano passado – afirmou.

Como mostrou há pouco o Broadcast, o ministro também adiantou que a equipe levará ao presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT) na segunda (25), pela manhã a minuta das medidas de ajuste fiscal que serão tomadas pelo governo, incluindo o acordo que foi feito com o Ministério da Defesa. Ele espera que ao fim desta reunião com Lula já possa ser definido o horário do anúncio das iniciativas, cujos atos já foram minutados pela Casa Civil. A divulgação poderá ser na segunda ou na terça (26).

Haddad ainda classificou o arcabouço fiscal como uma regra “excelente” para mirar o equilíbrio orçamentário e trabalhar a trajetória da dívida, buscando a retomada da queda de juros “em algum momento do futuro próximo”.

– Para que nós tenhamos tranquilidade de continuar crescendo com a inflação dentro da meta, mirando o centro, que é isso que nós queremos – concluiu.

*AE

Fonte: Pleno News/Foto: Ministério da Fazenda/Diogo Zacarias

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