Raniele da Silva Gomes, moradora de Itaituba, sudoeste do Pará, teve um susto quando a filha, Vitória da Silva Gomes, de sete meses, sofreu uma queda em casa após o almoço. Em questão de segundos, a criança caiu da cama, deixando-a sonolenta e sem energia. Após duas horas do incidente, Raniele recebeu o diagnóstico alarmante: o bebê precisaria passar por uma cirurgia para a retirada de um coágulo de sangue causado pela queda.
“Foi tudo muito rápido. Eu estava apenas levando um prato para a cozinha quando minha filha caiu da cama. Receber a notícia de que ela precisava de cirurgia foi assustador, mas o atendimento da equipe do Hospital Regional do Tapajós foi reconfortante. Agora, estarei ainda mais atenta aos cuidados com minha filha”, disse Raniele.
O neurocirurgião João Fabricio Palheta explicou que a criança sofreu um traumatismo craniano grave e chegou à unidade hospitalar em estado crítico. Após uma tomografia que revelou um hematoma na cabeça, Vitória foi submetida imediatamente à cirurgia. “O caso era extremamente delicado e complexo. A criança corria risco de vida, apresentando diminuição do nível de consciência, fraqueza muscular e vômitos constantes. Realizamos a cirurgia de urgência para salvar sua vida”, afirmou o médico.
Felizmente, Vitória acordou bem no dia seguinte à cirurgia e recebeu alta dois dias depois, passando a se recuperar satisfatoriamente. O neurologista, João Palheta, assegurou que a bebê não terá sequelas e logo retomará sua rotina normal.
O médico também destacou os primeiros cuidados a serem tomados quando uma criança sofre uma queda em casa. “Quando uma criança cai de uma altura superior a um metro, deve ser levada imediatamente ao hospital. Traumatismos cranianos leves podem ser monitorados em casa, mas é importante observar sinais como falta de apetite, mudanças comportamentais, fraqueza muscular, vômitos persistentes, desmaios ou convulsões, que exigem atenção médica imediata”, explicou João Fabrício Palheta.
O diretor geral do Hospital Regional do Tapajós, Matheus Coutinho, ressaltou a importância desse tipo de cirurgia na unidade, informando que mais de 200 procedimentos semelhantes são realizados anualmente.
“Esse serviço é essencial para atender a demanda da região do Tapajós em casos complexos de traumatologia. Desde 2022, realizamos mais de 505 cirurgias desse tipo, demonstrando nosso compromisso com a saúde da comunidade”, afirmou Coutinho.
O Hospital Regional do Tapajós, administrado pelo Instituto Social Mais Saúde (ISMS) em parceria com a Secretaria de Estado de Saúde Pública (Sespa), conta com uma estrutura de 153 leitos de internação, incluindo unidades clínicas, UTIs adulto, pediátrica e neonatal, além de leitos ginecológicos e obstétricos e uma Unidade de Cuidados Intermediários Canguru.
Fonte: Agência Pará/Foto: Divulgação