segunda-feira, abril 21, 2025
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Mistérios do cinema: Como os atores mirins não ficam traumatizados nas gravações dos filmes de terror

De O Exorcista a Hereditário, os grandes clássicos do terror contam principalmente com crianças em suas gravações.

Sua paixão por terror provavelmente começou cedo, certo? E, claro, com alguns traumas de infância por escolhas duvidosas — como assistir O Exorcista de madrugada, sozinho, depois que todo mundo foi dormir. Estou errada?

Essa é uma das histórias mais comuns entre fãs do gênero. Se nós, espectadores, ficamos sem chegar perto de um guarda-roupa depois de assistir Invocação do Mal ou evitamos bonecas por semanas após Annabelle, imagine como deve ser para as crianças que atuam nessas histórias, interpretando vítimas inocentes – na maioria das vezes.

Se até a Angelina Jolie precisou escalar a própria filha para Malévola porque as outras crianças tinham medo da sua maquiagem, o que dizer do pequeno Danny Lloyd, de O Iluminado, perseguido por Jack Nicholson naquele hotel assustador? Como eles não saem traumatizados?

Como os atores mirins não ficam traumatizados nos filmes de terror ?

Infelizmente, histórias de abuso, condições de trabalho ruins e até acidentes fatais não são raras na indústria — especialmente no passado, quando Hollywood não tinha regras rígidas para proteger atores em geral, mas principalmente os mirins. Hoje, felizmente, há medidas para garantir o bem-estar deles, desde tornar as gravações uma brincadeira até conversas francas sobre o que estão vivenciando.

Uma das opções que o diretor e toda a produção de elenco podem fazer em uma filmagem de terror com um elenco infantil é seguir um caminho diferente durante as pausas das gravações: manter o local divertido e descontraído. Carrie Henn, que atuou em Aliens: O Resgate, disse em uma entrevista à Wired: “As pessoas acham que eu teria pesadelos, mas não tive. Fizeram da experiência algo tão divertido que nunca me assustou.”

A presença dos pais também é crucial. Atualmente, é obrigatória em sets na Califórnia, mas antigamente não era regra. Haley Joel Osment, que fez o pequeno Cole Sear em O Sexto Sentido, contou a Vulture que seus pais sempre priorizaram sua rotina normal: “Eles estavam no set, mas mantinham tudo equilibrado — escola em primeiro lugar.”

Outra saída? Substituir crianças por adultos ou bonecos em cenas arriscadas. Parece óbvio, mas muitos diretores já colocaram atores em perigo só por um “plano perfeito”. Stanley Kubrick, por exemplo, protegeu Danny Lloyd das cenas mais pesadas de O Iluminado e nunca revelou que o filme era de terror.

Crianças profissionais (ou fãs do terror!)

Alguns atores mirins nem entendem o que está acontecendo — afinal, filmes de terror adoram tramas com bebês recém-nascidos. Outros levam tão a sério que separam ficção da realidade com facilidade. Jodelle Ferland, que partiu bem nova em Silent Hill, explicou em uma entrevista para a revista Cosmopolitan: “Minha mãe e eu sabíamos no que estávamos nos metendo. Eu cresci em sets e sabia que era tudo faz-de-conta.

E tem os que, como nós, simplesmente amam o gênero. Milly Shapiro topou seu primeiro papel no terror porque… adora terror! “Estava na minha lista de desejos: ou assustar ou morrer horrivelmente“, brincou em entrevista ao Daily Dead. E ela realmente conseguiu realizar os dois desejos de uma vez em Hereditário!

No fim, o que importa é garantir um ambiente seguro: leis trabalhistas, acompanhamento de adultos e uma equipe consciente de que, por mais profissionais que sejam, essas crianças ainda estão crescendo. Assim, evitamos traumas e histórias drásticas — porque o único susto deve ser o da tela.

Por Maria Santos

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