A Polícia Civil de São Paulo prendeu uma mulher suspeita de chefiar um esquema clandestino de adulteração de bebidas alcoólicas com metanol, substância altamente tóxica que já causou mortes e intoxicações graves no estado. A operação ocorreu em São Bernardo do Campo, no ABC Paulista, onde funcionava uma fábrica irregular ligada a uma rede familiar de falsificação.
A suspeita, identificada como Vanessa Maria da Silva, seria a líder do grupo responsável pela produção e distribuição das bebidas contaminadas. Segundo as investigações, pelo menos seis mortes foram associadas ao consumo dos produtos fabricados pela quadrilha. A polícia informou que Vanessa continuou operando o esquema mesmo após os primeiros casos de intoxicação virem a público.
Durante a ação, foram apreendidos equipamentos usados na produção das bebidas, rótulos falsificados e tambores contendo substâncias químicas. De acordo com os agentes, o grupo adquiria etanol de postos de combustível e o misturava com metanol, para reduzir custos e aumentar o lucro. Além da suspeita principal, outros familiares também são investigados por envolvimento no crime.
O delegado-geral da Polícia Civil, Artur Dian, afirmou que Vanessa demonstrou frieza durante o depoimento e não mostrou arrependimento. Ele destacou que a adulteração de bebidas com metanol representa uma grave ameaça à saúde pública e reforçou que novas fiscalizações serão realizadas para impedir a circulação de produtos ilegais.
As autoridades alertam que o consumo de bebidas adulteradas pode causar cegueira, coma e até morte, mesmo em pequenas quantidades. A população é orientada a evitar produtos de origem duvidosa e sempre verificar a procedência e o selo fiscal antes da compra.
Imagem: Agência Brasil