Com o tema “Vozes da Poética e do Imaginário”, na arena Multevozes, o público pôde acompanhar dois bate-papo: “Corações de papel: o amor na literatura” com a participação de Antônio Juraci Siqueira e Telma Cunha, com mediação de Rita Melém. O segundo bate-papo “Os voos de Iracema: das ondas do rádio ao teatro popular” conta com Iracema Oliveira e Ester Sá.
“A Feira Pan-amazônica do Livro é uma vitrine para os autores. É um momento de encontro e reencontro”, destacou o Antônio Juraci Siqueira. Um dos homenageados da 27ª Feira Pan-amazônica dos livros e das multivozes.
Destaque na Arena Multivozes, o autor de livros paraenses, como “O chapéu do Boto” e “Paca, Tatu, Cutia não!”, falou a homenagem recebida da Feira do Livro, este ano.
“Essa feira realmente faz diferença na nossa vida, a gente já fica esperando o ano todo chegar, e ser homenageado num evento como esse, a gente fica sem palavras, porque na verdade tem toda uma categoria de escritores do meu Estado, então realmente eu fico muito feliz, muito honrado com essa homenagem”, Antônio Juraci Siqueira.
Também homenageada, nesta edição, a mestra de cultura popular Iracema de Oliveira, que contribuiu para a universalização dos grupos folclóricos populares como a “Revoada dos Pássaro Juninos”, falou sobre a Feira do Livro. “Isso aí é um marco muito importante na minha história, na minha vida, porque eu nunca na minha vida realmente pensei que um dia chegaria a esse ponto”, disse Iracema, emocionada.
Participação popular – A guardiã dos pássaros juninos destacou também que “a “Feira do Livro é a melhor do mundo, porque aqui tudo que você quiser, você encontra. Venha à Feira do Livro, gente. Venha porque é muito importante a sua participação, que vai nos alegrar também”, disse Iracema Oliveira.
Para a escritora e poeta Thelma Cunha a iniciativa da Secretaria de Estado de Cultura (Secult) traz para perto do público autores que contribuem com a literatura paraense. “Acho justo que o artista seja aplaudido e homenageado enquanto ele está aqui, para sentir esse carinho, para ser abraçado, e eu acho que a homenagem tem que ser em vida. Se a gente quiser aplaudir, se a gente quiser amar, se a gente quiser abraçar. Por que a gente tem que esperar que uma pessoa vá embora, para elogiar, para dizer que gosta”, observou Telma Cunha.
Quem assistiu o bate-papo também apreciou os pássaros folclóricos e a linguagem ribeirinha ricos em aprendizados e contos.
Texto de Lucas Rocha
Fonte: Agência Pará/Foto: Bruno Cruz/Ag Pará