Vladimir Putin foi oficialmente reeleito como presidente da Rússia, neste domingo, 17, conforme confirmado pela TV estatal Russia-24. Os primeiros resultados apontam uma vitória avassaladora, com Putin conquistando 88% dos votos.
Com essa reeleição, Putin prolonga seu reinado no poder até 2030, marcando 24 anos à frente do país. Essa longevidade o coloca no caminho para se tornar o líder mais duradouro da Rússia desde Josef Stalin. Contudo, sua continuidade no cargo é marcada por controvérsias, incluindo acusações de fraude eleitoral, abuso de poder político e envolvimento em conflitos, como a guerra contra a Ucrânia.
A vitória de Putin era amplamente esperada, especialmente após a exclusão ou incapacitação dos principais candidatos da oposição. Alexei Navalny, opositor proeminente de Putin, faleceu em fevereiro sob custódia estatal no Ártico. Seus seguidores alegam que Putin teve participação na morte, embora o Kremlin refute essa acusação.
A votação teve início na quinta-feira, 15, e encerrou-se neste domingo. Os outros três candidatos na corrida eleitoral eram Nikolai Kharitonov, Vladislav Davankov e Leonida Slutsksy, todos membros de partidos aliados ao Kremlin e sem chances reais de vitória.
Pesquisas independentes indicaram que 52% da população preferia Putin, enquanto apenas 3% apoiavam Slutsksy. Kharitonov e Davankov obtiveram 1% cada. Candidatos críticos à guerra contra a Ucrânia, como Yekaterina Duntsova e Boris Nadezhdin, foram impedidos de concorrer devido a alegadas irregularidades nas assinaturas necessárias para a candidatura.
Paralelamente à eleição, apoiadores de Navalny convocaram uma manifestação simbólica chamada “Meio-dia contra Putin”, incentivando as pessoas a irem às urnas. Entretanto, a Reuters reportou uma forte presença policial para coibir protestos, resultando na prisão de pelo menos 74 pessoas, conforme relatado pelo grupo russo OVD-Info, responsável por monitorar questões políticas e violações dos direitos humanos.
Imagem: Reprodução/Agências Internacionais