O presidente dos Estados Unidos, Donald Trump, anunciou nesta quarta-feira (30) uma medida que pode gerar fortes impactos econômicos no Brasil. Por meio de uma ordem executiva equivalente a um decreto presidencial , o governo americano determinou uma tarifa extra de 40% sobre produtos exportados pelo Brasil, elevando o total de tarifas a 50%, já que 10% haviam sido aplicados em abril.
A justificativa apresentada pela Casa Branca foi a declaração de “emergência nacional”, sob a alegação de que as recentes ações do governo brasileiro representam uma ameaça “incomum e extraordinária” à segurança nacional, à política externa e à economia americana.
No comunicado oficial, a administração Trump acusou o governo brasileiro de perseguir politicamente o ex-presidente Jair Bolsonaro (PL) e seus apoiadores, além de citar diretamente o ministro do Supremo Tribunal Federal (STF), Alexandre de Moraes, chamado de “juiz estrangeiro tirânico”.
A nota afirma que Moraes tem abusado da sua autoridade para intimidar opositores políticos, proteger aliados e reprimir vozes dissidentes. Segundo o texto, tais ações prejudicam também empresas americanas que atuam no Brasil.
A decisão do governo dos EUA vem no mesmo dia em que Alexandre de Moraes foi sancionado pelo governo americano com base na Lei Magnitsky uma legislação que permite punições a autoridades estrangeiras acusadas de violações de direitos humanos e corrupção.
Ao justificar as sanções, Trump afirmou que está “defendendo empresas americanas da extorsão, protegendo cidadãos americanos da perseguição política, salvaguardando a liberdade de expressão da censura e salvando a economia americana de ser afetada por decretos arbitrários de um juiz estrangeiro”.
A imposição da tarifa promete intensificar a tensão diplomática entre os dois países, além de representar um desafio adicional para as exportações brasileiras, especialmente em setores como agronegócio, siderurgia e manufatura.
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