A Universidade do Estado do Pará (Uepa) integra a programação da 27ª Feira Pan-Amazônica do Livro e das Multivozes, com a participação em debates, lançamentos no estande da editora universitária Eduepa, contribuindo para efetivar as iniciativas de inclusão social e acessibilidade do evento. Realizada entre os dias 17 e 25 de agosto, no Hangar Centro de Convenções e Feiras, das 9h às 21h, a Feira do Livro é promovida pelo governo do Pará, por meio da Secretaria de Estado de Cultura (Secult), e, este ano, homenageia a mestra de Cultura Popular, Iracema Oliveira, e o escritor e poeta marajoara, Juraci Siqueira.
Em nove dias de visitação gratuita ao espaço, que congrega literatura, debates e atrações musicais, o público terá acesso a 230 estandes de livros, 138 empresas, incluindo 50 editoras, 37 livrarias e 59 distribuidores de livros, além de nove estandes na praça de alimentação, conforme informações da organização.
Na edição de 2024, logo no dia de abertura, a Feira, inaugura na Arena Multivozes, as Vozes do Clima: A COP na Amazônia, que contará com a participação do professor da Uepa, Aiala Colares, na discussão sobre a COP30 e os aspectos envolvidos na preparação desse evento internacional.
Eduepa
Já no estande da Eduepa, a abertura das atividades neste sábado,17, é marcada pelo lançamento dos livros da Série Vidas, às 16h. A coleção reúne três volumes: A Medicina Tradicional Popular Amazônica e Temas afins; Amazônia: meio ambiente, qualidade de vida, saúde e temas afins; Amazônia: olhares para a educação e o ensino. As publicações são organizadas pela professora da Uepa, Rosineide da Silva Bentes, sendo que no terceiro volume, ela divide a organização com Cláudia Laurido Figueira, da Secretaria de Estado de Educação do Pará (Seduc), no município de Santarém.
Na quarta-feira, 21, às 18h, será lançado o E-book Lançamento do E-book Gênero e Sexualidade na Amazônia: formação de professores, práticas pedagógicas e processos educativos, de Lucélia Bassalo, Damião Rocha, Jardinélio Silva. Outro livro eletrônico que será lançado no dia 24, às 16h, é o Manual de Produções Científicas do Curso de Medicina da Universidade do Estado do Pará, de Caio Vinicius Botelho Brito, Thaís d’Avila Novoa, Danielle Moreno Fernandes Furtado.
O último lançamento de livro físico no estande será da obra Itinerários Religiosos, Ambientais e Culturais: diálogos interdisciplinares entre o Ǫuébec e a Amazônia. Colaboração entre a Universidade do Estado do Pará e Université du Ǫuébec à Montréal, com textos em português e francês. Douglas Rodrigues da Conceição, Flávia Cristina Lucas, Manoel Ribeiro de Moraes, Anne-Marie Colpron, Émilie Stoll e Laurent Jérome são os autores da publicação. Luz para a inclusão e a acessibilidade
“Em 2016, quando o projeto Lamparina foi à feira pela primeira vez, nós não pensávamos que essa parceria aconteceria por tanto tempo. Naquele momento nós só tínhamos um desejo, um ideal: proporcionar acessibilidade às pessoas com deficiência, visitantes da feira, para que elas usufruíssem como as demais pessoas de todas as dimensões que a feira proporciona”. Assim Mônica Carvalho, uma das coordenadoras do projeto Lamparina Acesa Literatura Acessível, resume o início da história dessa parceria com a Secult.
E lá se vão oito anos de participação, considerando que em 2020 a Feira Pan-Amazônica do Livro e das Multivozes não foi realizada em função da pandemia de Covid-19.
Juntamente com os professores Clóvis Martins e Joana Martins, Mônica Carvalho coordena a iniciativa de inclusão e acessibilidade que nesta 27ª edição oferecerá todos os dias, no horário integral de funcionamento da Feira, os seguintes serviços: guia vidente, audiodescrição, interpretação em Libras, auxílio para pessoas com mobilidade reduzida
Ao avaliar o retorno que tem sido dado pelo público sobre o serviço ao longo desse tempo, Mônica afirma que o trabalho desenvolvido pelo Lamparina durante o evento “tem sido muito positivo, tanto por parte das pessoas visitantes, que apresentam alguma condição de deficiência, como também na avaliação do público em geral, que não tem essa particularidade, mas que reconhece que a sensibilidade é fundamental para que a gente garanta o respeito à condição de cada um acessar a arte, a literatura, a cultura, a informação”.
Um dos principais retornos dado ao trabalho é o aumento do número de pessoas com deficiência entre o público que frequenta a feira. Ao longo desses oito anos, Mônica afirma que a equipe do projeto percebe esse crescimento. E ela acredita que seja possível por conta da acessibilidade. “Isso representa justiça, isso representa um tratamento digno para o público com deficiência que acessa a feira do livro”, conclui.
Texto de Guaciara Freitas / Ascom Uepa
Fonte: Agência Pará/Foto: Sidney Oliveira/Ascom Uepa