terça-feira, dezembro 16, 2025
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Vídeo: Alison de Araújo Mesquita admite ter assassinato Henay, onde seria simulado acidente em Itaúna

Polícia Civil investigava o caso após a dinâmica da morte não ser compatível com as imagens de monitoramento na rodovia.

Alison de Araújo Mesquita, empresário de 43 anos, confessou à Polícia Civil na noite desta segunda-feira (15) ter matado a namorada, Henay Rosa Gonçalves Amorim, de 31 anos, e forjado um acidente de carro para encobrir o crime ocorrido no último domingo (14). A informação foi confirmada ao portal g1 pelo advogado do suspeito, Michael Guilhermino.

A morte de Henay havia sido registrada inicialmente pela Polícia Militar Rodoviária (PMRv) como um acidente de trânsito na MG-050, em Itaúna. A versão inicial era de que Henay estaria ao volante e Alison no banco do passageiro quando o carro invadiu a contramão e colidiu com um micro-ônibus.

O Vídeo do Pedágio e as Contradições

A investigação, contudo, mudou de foco para a hipótese de feminicídio após uma série de elementos levantarem sérias dúvidas sobre a dinâmica do acidente.

O ponto crucial que levou à mudança de rota da investigação foi um vídeo registrado em uma praça de pedágio em Itaúna, às 5h56, poucos minutos antes da colisão.

  • Flagrante no Pedágio: As imagens mostram Henay sentada no banco do motorista sem reagir, enquanto Alison, no banco do passageiro, esticava o corpo para alcançar e controlar o volante.
  • Comportamento Suspeito: A atendente do pedágio questionou Alison, que alegou que a companheira estava passando mal. Ele fingiu que pararia o veículo para atendimento, mas seguiu viagem.
  • O Acidente: Cerca de nove minutos depois do pedágio, o carro invadiu a contramão em uma curva no km 90 da MG-050 e bateu de frente com um micro-ônibus de turismo. A morte de Henay foi constatada no local.

Lesões Incompatíveis e Histórico de Violência

Além do vídeo, a Polícia Civil identificou uma série de contradições que reforçaram a suspeita de homicídio:

  • Lesões da Vítima: Os ferimentos observados no corpo de Henay não eram compatíveis apenas com o impacto da colisão, o que levantou a hipótese de que ela já estivesse inconsciente antes da batida. Peritos indicaram, de forma preliminar, que seria improvável que a colisão, por si só, tivesse causado a morte.
  • Comportamento do Suspeito: Relatos de terceiros apontaram um comportamento suspeito de Alison após o acidente, incluindo arranhões no rosto, suor excessivo e troca de roupas.
  • Indícios de Agressão: Foram observadas marcas no corpo da vítima durante o velório, consideradas compatíveis com possíveis agressões anteriores ao acidente.
  • Histórico de Violência: A investigação passou a analisar mensagens, fotografias e registros médicos que indicariam um possível histórico de violência doméstica.

Prisão e Próximos Passos

Diante do conjunto de indícios, o sepultamento de Henay foi adiado para a realização de exames complementares. Alison foi detido na manhã de segunda-feira (15) durante o velório da companheira em Divinópolis, mas inicialmente negou o crime.

Os celulares da vítima e do investigado foram apreendidos para análise pericial. A Polícia Civil aguarda o resultado do laudo de necropsia e a conclusão das oitivas para finalizar o inquérito. A defesa de Alison havia afirmado que ele iria colaborar integralmente com as investigações.

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