Imagens mostram o homem se contorcendo de dor por mais de uma hora sem receber auxílio na Geórgia. No Brasil, o protocolo do SUS estabelece atendimento prioritário para casos de cálculo renal.
Um vídeo que circula nas redes sociais gerou indignação ao registrar o descaso sofrido por um brasileiro em uma unidade de saúde nos Estados Unidos. O homem, que sofria uma crise aguda de cálculo renal, foi filmado enquanto era aparentemente ignorado por funcionários do Hospital Northside, localizado em Canton, na Geórgia.
“Alguém me ajude, por favor”
De acordo com os relatos que acompanham as imagens, o brasileiro permaneceu por mais de uma hora sem receber qualquer tipo de medicação ou avaliação inicial, apesar de apresentar sinais visíveis de dor extrema. No vídeo, é possível ouvi-lo suplicar em inglês: “Somebody help me, please!” (Alguém me ajuda, por favor!), enquanto se contorce no chão da unidade.
A cena levanta o debate sobre o acesso à saúde e os protocolos de emergência em solo americano, onde o atendimento costuma ser vinculado a processos burocráticos e financeiros que podem retardar o socorro imediato.
Contraste com o Sistema Único de Saúde (SUS)
O episódio ganha contornos ainda mais críticos quando comparado ao modelo de atendimento praticado no Brasil. Pelo protocolo do Sistema Único de Saúde (SUS), a crise de cálculo renal (cólica nefretética) é classificada como uma urgência médica devido à intensidade da dor, que é frequentemente comparada à dor do parto.
No Brasil, a triagem hospitalar (acolhimento com classificação de risco) prevê:
- Prioridade no atendimento: O paciente é colocado à frente de casos não urgentes.
- Analgesia rápida: A aplicação de medicamentos para alívio da dor é priorizada antes mesmo de exames complexos.
- Avaliação imediata: O acompanhamento médico é garantido logo após a entrada para evitar complicações, como infecções ou lesões renais.
Até o momento, o Hospital Northside não se pronunciou oficialmente sobre o caso ou sobre o estado de saúde do brasileiro.
