Manifestantes invadiram e incendiaram o prédio do Parlamento do Nepal nesta terça-feira, 09. A revolta da população contra o governo nas últimas horas forçou o primeiro-ministro do Nepal a renunciar. Ele fugiu com vários ministros de Estado.
A residência particular do ex-primeiro-ministro nepalês K.P. Sharma Oli também foi alvo dos protestos violentos, sendo invadida e incendiada nesta terça.
Os prédios no palácio Singha Durbar, onde se localizam os ministérios e escritórios do governo nepalês, também foram incendiados.
K.P. Sharma Oli deixou o cargo nesta terça-feira (9), quando os manifestantes desrespeitaram um toque de recolher emitido pelo governo por tempo indeterminado e entraram em confronto com a polícia.
O presidente nepalês Ram Chandra Paudel convocou manifestantes para conversas na próxima semana, segundo o assessor.
ENTENDA OS PROTESTOS
O governo nepalês já enfrentava críticas de parte da população por causa da corrupção desenfreada. A raiva contra as autoridades aumentou e se espalhou pelas ruas da capital Katmandu na semana passada, depois que o governo bloqueou o acesso às plataformas de mídia social, incluindo Facebook, Instagram, WhatsApp, YouTube e X.
A medida foi amplamente criticada por grupos de direitos humanos.
O governo escreveu novas regras que, segundo autoridades, eram necessárias para reprimir notícias falsas e discurso de ódio e ameaçou banir qualquer empresa de mídia social que não se registrasse.
A proibição de acesso às redes sociais foi suspensa após a intensificação dos protestos ontem, segunda-feira, 08, com a polícia disparando gás lacrimogêneo e balas de borracha contra manifestantes que tentavam invadir o Parlamento.
Pelo menos 19 pessoas morreram e mais de 100 ficaram feridas nos protestos.
Fonte: CNN, com Agências noticiosas/Imagem: Reprodução/G1-AFP
