Circuito interno mostra o autor manuseando o armamento e apontando em direção a outras pessoas antes do disparo fatal.
Uma noite de treinamento terminou em tragédia na última terça-feira (16/12), em um clube de tiro no bairro do Imirim, zona norte de São Paulo. Marcelo Satochi Tokuda, de 51 anos, morreu após ser atingido por um disparo efetuado pelo pastor Samyr Enos de Almeida, de 65 anos. O caso foi registrado como homicídio culposo — quando não há intenção de matar.
Dinâmica do Incidente
De acordo com o boletim de ocorrência, Samyr, que é pastor do Ministério de Moriá desde 2014 e proprietário de uma empresa de contabilidade, portava uma pistola Taurus G3 de sua propriedade. Ele relatou à polícia que, antes de sair de casa, teria trocado o carregador municiado por um vazio.
Já nas dependências do clube, após retirar alvos e munições na recepção, o pastor afirmou que tentou acionar o retém do carregador para realizar o municiamento, momento em que a arma disparou. Ele admitiu que não verificou se havia uma munição remanescente na câmara da pistola.
Relatos de Imprudência
Apesar da versão de acidente durante o manuseio técnico, testemunhas apresentaram um relato alarmante. Segundo informações colhidas pela polícia no local, logo após receber o material de treino, Samyr teria se virado em direção aos demais frequentadores e apontado a arma, efetuando o disparo em seguida.
Marcelo Tokuda foi atingido diretamente na região do coração. O socorro chegou a ser acionado, mas a vítima não resistiu aos ferimentos e faleceu no estande de tiro.
Providências Legais
A Secretaria da Segurança Pública (SSP) confirmou que o pastor, que frequentava o local regularmente, foi preso em flagrante. No entanto, após o registro da ocorrência no 72º Distrito Policial (Vila Penteado) e o pagamento de fiança, ele foi liberado para responder ao processo em liberdade.
A arma foi apreendida e a perícia foi realizada no local para determinar as circunstâncias exatas do disparo. O caso segue sob investigação para confirmar se o manuseio da arma violou os protocolos de segurança exigidos pelo estabelecimento.










