Os Estados Unidos seguem ampliando a pressão contra o regime de Nicolás Maduro, na Venezuela. Nesta terça-feira (19), a porta-voz do governo Donald Trump, Karoline Leavitt, disse que o republicano está preparado para usar “todo o poder” estadunidense contra o líder venezuelano, acusado de chefiar um cartel de narcotráfico. Leavitt frisou que o chavista “não é um presidente legítimo”, mas sim um “fugitivo”.
“Ele é um fugitivo e chefe de um cartel narcoterrorista acusado nos EUA de tráfico de drogas. Trump está preparado para usar toda o poder americano para deter o tráfico de drogas” –”, garantiu durante entrevista com jornalistas na Casa Branca.
A fala ocorre após Maduro informar, em anúncio transmitido pela TV, que mobilizará 4,5 milhões de milicianos armados como resposta às “ameaças” dos EUA.
Nos últimos dias, o país norte-americano elevou para 50 milhões de dólares (R$ 270 milhões) a recompensa por informações que levem à captura do chavista e reforçou a presença militar no Caribe e na América Latina.
Para o senador estadunidense, Bernie Moreno, Maduro não estará no comando da Venezuela em dezembro.
“Não toleraremos um narcoterrorista que inflige danos aos Estados Unidos. Trataremos os terroristas como os EUA os trataram no passado. Não o vejo no cargo além do final deste ano” –”, declarou no 10° Congresso Empresarial Colombiano.
Como parte do reforço militar no Caribe, os EUA deslocaram mais de 4 mil fuzileiros navais e marinheiros, além de um submarino de ataque com propulsão nuclear, destróieres, cruzador lança-mísseis e aeronaves de reconhecimento P-8 Poseidon. O objetivo, segundo o país, é fazer uma operação contra cartéis de drogas.
Maduro, por sua vez, prometeu expandir a Milícia Bolivariana para várias áreas da sociedade. O grupo foi criado por Hugo Chávez para “defender a nação”, e é uma das cinco integrantes da Força Armada Nacional Bolivariana (FANB). Atualmente, ele conta com 5 milhões de reservistas.
“Vou ativar nesta semana um plano especial para garantir a cobertura, com mais de 4,5 milhões de milicianos, de todo o território nacional, milícias preparadas, ativadas e armadas. (…) Seguirei avançando no plano de ativação das milícias camponesas e das milícias operárias, em todas as fábricas e centros de trabalho de todo o país. Nenhum império vai tocar a terra sagrada da Venezuela. (…) Fuzis e mísseis para a força camponesa! Para defender o território, a soberania e a paz da Venezuela. Mísseis e fuzis para a classe operária, para que defenda a nossa pátria”! –”, declarou.
Fonte e imagem: Portal Pleno.News