Um ato de solidariedade e preservação ambiental interrompeu, e ao mesmo tempo engrandeceu, a procissão fluvial da comunidade católica de São José das Ilhas, na Ilha de Paquetá, em Cametá, no último fim de semana.
Durante a navegação, os fiéis avistaram um filhote de boto em perigo: o mamífero aquático estava preso em uma corda de malhadeira e encalhado na beira da praia, já apresentando sinais de cansaço e desidratação.
Sem hesitar, os participantes da procissão interromperam o trajeto e agiram rapidamente. Com cuidado e união, conseguiram desvencilhar o boto da rede predatória e o devolveram em segurança ao rio. “Se a gente não tivesse passado agora, ele ia morrer no seco”, relatou um dos fiéis que participou do salvamento, reforçando a urgência da intervenção.
O resgate emocionou a comunidade e se tornou um belo exemplo de respeito à vida selvagem amazônica. O incidente também serve de alerta sobre a necessidade de fiscalização e maior atenção ao uso de redes e malhadeiras nas margens dos rios, que representam um grave risco para diversas espécies aquáticas da região.









