Nos últimos anos, os conflitos armados têm se intensificado e se aproximado da União Europeia, enquanto as tensões no Oriente Médio aumentam. Nesse cenário, as guerras agora são transmitidas ao vivo pelas redes sociais, com o uso generalizado de drones e ataques de mísseis de precisão.
No entanto, as defesas também estão se adaptando, utilizando mecanismos para bloquear ou falsificar sinais de GPS e impedir ataques de precisão. Infelizmente, essa estratégia tem afetado inadvertidamente aviões comerciais, que têm enfrentado cada vez mais problemas de perda de sinal de GPS e desorientação durante os voos.
Um exemplo recente é o compartilhamento de um vídeo pelo ex-comandante da TAP, José Correia Guedes, que mostra um Boeing 777 sobrevoando o Golfo Pérsico, perdendo o sinal de GPS e acionando alarmes de proximidade com o solo, mesmo estando a uma altitude segura. Outros incidentes relatados incluem a alteração da rota de um Embraer Legacy 650 durante um voo da Europa para Dubai, quase levando a aeronave ao espaço aéreo do Irã sem autorização.
Esses problemas são resultado do “embaralhamento” dos sinais de GPS, uma tática antiga que agora está sendo aprimorada com o chamado “spoofing”. Essa técnica engana os veículos que usam o GPS, fazendo-os acreditar que estão em um local diferente do real. No caso de aviões comerciais, isso pode ser extremamente perigoso, pois pode levá-los a áreas de conflito sem autorização.
Para lidar com esses desafios, é fundamental que as tripulações estejam cientes dos riscos e consultem os boletins que informem sobre problemas no sinal de satélite antes de voarem perto de zonas de guerra. Além disso, os pilotos podem recorrer a métodos tradicionais de navegação, como o uso de estações de rádio específicas, para garantir a segurança dos voos.
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