quinta-feira, novembro 21, 2024
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Diretora geral da Unimed Belém não aguenta pressão, entrega os pontos e renuncia ao cargo

Liane Alamar Nunes Rodrigues, diretora geral da Unimed Belém, renunciou ao cargo em meio a desafios financeiros e administrativos que a cooperativa enfrenta. Na carta de renúncia, a diretora fala dos obstáculos enfrentados ao longo de um ano e oito meses de gestão. Ela explica as dificuldades em lidar com o fluxo de caixa comprometido, obrigações de pagamento vencidas e a necessidade de reestruturação interna para melhorar a eficiência operacional.

Há tempos que usuários reclamam do atendimento na Unimed Belém, com dificuldades e longos prazos para marcação de consultas, além de filas quilométricas iguais às do Sistema Único de Saúde – SUS.

Em uma notificação oficial enviada aos

Membros do Conselho de Administração, Conselho Fiscal e Diretoria Executiva da Unimed Belém receberam notificação oficial da Unimed Brasil, que manifesta preocupações sobre o que chama de graves irregularidades econômico-financeiras e administrativas na cooperativa de Belém. O documento é assinado pelo presidente da Unimed Brasil, Omar Abujamra Junior, o qual fala em “risco iminente” de a Agência Nacional de Saúde Suplementar (ANS) decretar intervenção fiscal e técnica na Unimed Belém, que já passou por situação semelhante em outras duas vezes passadas.

A situação financeira da Unimed Belém foi agravada, segundo cita o documento, por fatores como a ampliação do rol de tratamentos da Agência Nacional de Saúde Suplementar (ANS), o aumento das judicializações e a inadimplência de beneficiários. Além disso, Rodrigues destacou a falta de repasses da Federação Unimed Fama à Unimed Belém, o que, de acordo com ela, impacta diretamente nos recursos financeiros da cooperativa.

“Nosso plano de contingência segue com entraves de operacionalização por falta de entendimento entre os órgãos CONAD e DIREX”, explica a ex-diretora.

RISCO DE INTERVENÇÃO

A Unimed Brasil cita o fato de aUnimed Belém já ter sido alvo de três intervenções fiscais, a mais recente ocorrida entre dezembro de 2016 e agosto de 2017. A cooperativa está prestes a enfrentar uma nova intervenção devido à deterioração financeira registrada desde 2021, segundo a Unimed Brasil. Nesse ano, a Unimed Belém iniciou um processo de declínio em seu caixa, agravado pela contração de diversos empréstimos bancários. “Em novembro de 2021, a Unimed Belém chegou a atingir apenas 3 pontos, dos 100 possíveis, em avaliação econômico-financeira”, menciona o documento. Em 2023 e 2024, a situação permaneceu crítica, com a cooperativa recebendo notas próximas a zero em alguns meses. (Da Redação de A PROVÍNCIA DO PARÁ)

Imagem: Reprodução

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