Um escândalo no futebol paraense! O Campeonato Paraense de Futebol Profissional está suspenso e poderá vir a se envolver com o calendário das competições nacionais, tipo Copa do Brasil, Brasileiro e Copa Verde. Não dá tempo de refazer a tabela. O presidente da Federação Paraense de Futebol – FPF, Ricardo Gluck Paul, anunciou a suspensão, após o Tribunal de Justiça Desportiva no Estado do Pará – TJD-PA indeferir pedido de efeito suspensivo motivado por oito dos doze clubes participantes terem pedido a suspensão sob alegação de irregularidades em vários clubes.
Gluck Paul disse que não tem como fiscalizar os clubes que teriam entrado em campo com jogadores comprovadamente irregulares.
FATOS
A história toda começou quando os times do Caeté e Independente acionaram o TJD-PA contra o Capitão Poço e a Tuna Luso, acusando-os de usar jogadores abaixo de 20 anos sem contrato profissional.
A FPF decidiu, então, manter o campeonato, mas o caso ameaça rebaixar os supostos acusados e alterar os confrontos das quartas de final.
No final, o Capitão Poço perde dezoito pontos, é rebaixado e recebe multa de R$ 30 mil; Tuna Luso perde sete pontos e paga R$ 10 mil. Entretanto, o presidente do Capitão Poço, Bené Garrafão, anunciou que entraria com recurso junto ao STJD-PA que ainda não foi julgado.
Remo e Bragantino também foram denunciados pelo mesmo motivo, gerando incerteza sobre novas punições. Os julgamentos ainda não ocorreram.
A FPF, então, manteve os jogos das quartas de final inicialmente, alegando aguardar notificação oficial. Entretanto, hoje, o Parazão foi suspenso.
REPERCUSSÃO
Para a diretoria da Tuna Luso-Brasileira, a decisão do Tribunal de Justiça Desportiva do Pará – TJD-PA é um absurdo. Por sua vez, o Águia de Marabá manifestou apoio à decisão da paralisação da competição, assim como outros sete clubes disputantes, entre os quais, os que fizeram as primeiras denúncias.
O Paysandu, mais tranquilo, pois não está sendo denunciado por nada, destacou ter suspendido a venda de ingressos e as medidas que tomou para não prejudicar aqueles que já haviam garantido. Além disso, pontuou que os trabalhos seguem e o foco se volta à Copa Verde.
Já o Clube do Remo destacou preocupação com o calendário, já que a prioridade do clube é a disputa da Série B. Os azulinos lamentaram e discordaram da suspensão da competição.
A diretoria jurídica do Remo ainda citou a modificação das regras de utilização de estrangeiros, dizendo “que tais regras foram alteradas para adequação à legislação da CBF e afins”.
Para o Clube do Remo, a Copa do Brasil e a Série B do Campeonato Brasileiro são as prioridades da temporada, e não descarta o uso de “equipe alternativa ou categorias de base” no Parazão.
O Leão Azul será julgado na próxima quinta-feira, 13, também pelo suposto uso de jogador irregular, mas informou que tomará todas as providências cabíveis.
Da redação de A PROVÍNCIA DO PARÁ/Imagem: Arquivo