Durante a 17ª reunião do Fórum Nacional de Governadores realizada nesta quarta-feira (13) em Belém, foi aprovada por unanimidade uma carta de apoio à realização da 30ª Conferência das Nações Unidas sobre Mudança do Clima (COP30) na capital paraense. O encontro ocorreu no Centro de Economia Criativa do Parque da Cidade, local que sediará as negociações oficiais entre os dias 10 e 21 de novembro.
O documento destaca a importância de apresentar ao mundo a soberania da Amazônia, o valor e os direitos dos povos originários, e a urgência de pautar o diálogo climático com visão de desenvolvimento sustentável e preservação ambiental.
Ao abrir a reunião, o governador do Pará, Helder Barbalho, enfatizou que a COP30 deve ir além de um evento ambiental, atuando como uma ação transversal que integra agendas econômicas, sociais e políticas em âmbito global. Ele reforçou a necessidade de uma posição unificada entre os estados brasileiros sobre o tema climático.
O governador do Amazonas, Wilson Lima, propôs que o documento também expresse expectativas claras dos estados em relação à conferência. Entre elas estão: financiamento climático justo, fortalecimento das cadeias produtivas locais, troca de tecnologia e pagamento por serviços ambientais a comunidades que protegem a floresta. Lima alertou ainda sobre as dificuldades no licenciamento da BR-319, destacando a necessidade de infraestrutura eficiente na Amazônia para o sucesso da COP30.
O embaixador André Corrêa do Lago, presidente da COP30, apresentou os eixos centrais da conferência descarbonização, justiça climática, financiamento e transição energética e reforçou que a carta funcionará como apoio subnacional à estratégia nacional do Brasil no evento.
Além do suporte político, o Fórum trouxe dados que indicam os impactos positivos da COP30 no Pará: mais de 30 obras estruturantes em andamento, 5 mil empregos diretos gerados, aumento de 68% na abertura de empresas no estado, e perspectiva de crescimento de 3,5% do PIB estadual em 2025.
No encerramento do encontro, foi ressaltada a visão de que a COP30 não é apenas de Belém ou da Amazônia, mas sim, do Brasil e de toda a sociedade brasileira, unida em torno de uma agenda de transformação climática e justiça socioambiental.
Imagem: Agência Pará