Mais de 50% das 92 ações previstas no Plano Estadual de Bioeconomia (Planbio) já foram implementadas ou estão em andamento no Pará. Promover crescimento econômico e inclusão social tendo a biodiversidade como aliada é uma das estratégias do Governo do Estado com o desenvolvimento dessa política pública, inédita no país, que é executada com base em três eixos norteadores: Cadeias Produtivas e Negócios Sustentáveis; Patrimônio Cultural e Patrimônio Genético, e Pesquisa, Desenvolvimento e Inovação.
“Os resultados alcançados com o Planbio são, cada vez mais, evidentes, demonstrando que estamos no caminho certo. A transição socioeconômica de baixo carbono se faz dessa forma, ou seja, não só com comando e controle, que é uma agenda de fiscalização e repressão a ilicitudes, mas também e fundamentalmente estimulando novas economias, soluções baseadas na natureza, para que isso ganhe escala e se torne um dos principais pilares da nossa economia”, explica Raul Protázio, titular da Secretaria de Estado de Meio Ambiente e Sustentabilidade (Semas).
Ancorado na Política Estadual sobre Mudanças Climáticas (PEMC), o Planbio é um dos componentes do eixo desenvolvimento socioeconômico de baixo carbono do Plano Estadual Amazônia Agora (PEAA) e tem como objetivo gerar desenvolvimento econômico a partir da floresta em pé, conectando empresas, universidades, governos, bancos, novos negócios e sociedade civil em torno de soluções da bioeconomia.
Pesquisa – A Fundação de Amparo a Estudos e Pesquisas (Fapespa) é um dos dez órgãos envolvidos nas ações do Planbio e tem como intuito fomentar o desenvolvimento de pesquisas e inovações, visando aplicar o conhecimento científico e tecnológico na valorização e produção de produtos para a bioeconomia e com isso gerar, de maneira inclusiva, benefícios sociais, econômicos e ambientais.
O presidente da Fapespa, Marcel Botelho, ressalta que novos editais e parcerias, alinhados a esses objetivos, seguem em andamento. A previsão é de, somente no ano de 2025, contar com um aporte de mais de R$ 15.000.000,00 em projetos de pesquisa para o enfrentamento dos desafios da Amazônia e o desenvolvimento da bioeconomia. Em 2023, a Fapespa investiu mais de R$ 11,3 milhões em projetos alinhados ao Planbio.
“A expectativa da Fapespa é que esses projetos irão apresentar soluções baseadas em evidências científicas para o uso sustentável da floresta: seja através da agricultura sintrópica, pela diminuição dos impactos ambientais e na melhoria na saúde das populações tradicionais, na geração de novos produtos da bioeconomia a partir da fauna, flora e microbiota da nossa floresta viva, do fortalecimento e melhoria tecnológica das nossas principais cadeias produtivas, do desenvolvimento de novos bioativos para as indústrias farmacêuticas e de cosméticos, entre outras ações que irão favorecer o desenvolvimento da nossa região respeitando a biodiversidade, a ancestralidade e a particularidade”, pontua o presidente.
Fomento – Entre as ações desenvolvidas pela Secretaria de Estado de Desenvolvimento Agropecuária e da Pesca (Sedap) alinhadas ao Planbio, estão: organizar rodadas de discussão, experimentação (feiras gastronômicas) e o fomento a agroindústrias locais com produtos diversos da bioeconomia, por meio de uma política que fortaleça as cadeias de valor local.
“Dentro das ações que conversam com o Plano Estadual de Bioeconomia, podemos citar o Festival Internacional do Chocolate e o Festival Flor Pará, realizado pela Sedap. Além da distribuição de equipamentos para a cadeia produtiva do açaí”, comenta o engenheiro agrônomo da secretaria, Thiago Leão.
Fonte: Agência Pará/Foto: Marcelo Lelis/Ag Pará