AOS 16 ANOS, MANUELA SCHWARTZ PARTICIPA DA CONFERÊNCIA EM BELÉM E COMPARTILHA VIVÊNCIAS DA ONG ONE GOAL, QUE JÁ REALIZOU MAIS DE 60 CAMPANHAS SOCIAIS EM TODO O PAÍS
A estudante Manuela Schwartz, de 16 anos, está em Belém acompanhando os debates da COP30, em busca de entender melhor os impactos das mudanças climáticas e como elas se conectam à educação e à desigualdade social. Integrante da ONG One Goal e do Instituto Fome de Tudo, Manuela participa de painéis com especialistas e líderes globais, representando a voz de uma geração que quer agir pelo futuro do planeta.
O interesse de Manuela pelo tema começou cedo. Aos 11 anos, durante a pandemia, ela e os irmãos fundaram a One Goal, criada para enfrentar emergências sociais e ambientais. Desde então, o grupo realizou mais de 60 campanhas em todo o Brasil, mobilizando jovens, escolas e empresas em torno de causas como o combate à fome, à desigualdade e à crise climática.
As ações da ONG se destacaram em situações de emergência, como nas chuvas em Petrópolis, nos deslizamentos do litoral norte de São Paulo e nas enchentes no Rio Grande do Sul, quando Manuela participou de uma ampla mobilização nacional para enviar alimentos, roupas, água e apoio humanitário a milhares de famílias. Essas experiências reforçaram sua convicção de que a crise climática agrava desigualdades e exige respostas locais e solidárias.
Durante o trabalho no Sul, Manuela se uniu à atriz e ativista Ursula Corona, do Instituto Fome de Tudo, parceiro do Programa Mundial de Alimentos da ONU (WFP), em campanhas como “Fome Não Tira Férias”, que beneficiará mil estudantes com auxílio financeiro durante o recesso escolar e foi lançado em Belém, nesta quarta-feira (12). A jovem também descobriu a importância de combater o desperdício de alimentos, responsável por cerca de 10% das emissões globais de gases do efeito estufa.
Agora, Manuela se prepara para um novo passo: o projeto AI Generation, que une educação, tecnologia e inteligência artificial generativa para capacitar jovens de diferentes realidades sociais na criação de soluções para os grandes desafios do século XXI. O programa vai ser lançado no início de 2026, para conectar empresas que se disponham a ensinar como usar a inteligência artificial a jovens que queiram desenvolver novas habilidades para fazer do mundo um lugar melhor.
“Aprender sobre o clima é aprender sobre o futuro. A fome, a educação e o meio ambiente estão ligados — e a minha geração precisa entender isso para agir”, diz Manuela.
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